O ano em que Cristo nasceu só passou a ser tido como 1 d.C. (“depois de Cristo”) séculos depois. Na época do nascimento, assim como hoje, havia várias formas de contar o tempo, mas, para a maior parte das pessoas que viviam sob a influência do Império Romano, 1 d.C. era 754 a.U.c., ou seja, 754 anos passados desde a criação de Roma. Porém, o calendário romano não era padrão nem entre os romanos: a contagem também era feita pelos anos de reinado de cada imperador e, segundo esse calendário, o ano anterior ao nascimento de Cristo era o 31º ano de Augusto ou ainda o 46º ano do calendário criado por Júlio César. A definição de que o nascimento de Cristo seria o ano 1 só veio muito tempo depois, por volta de 1286 a.U.c, quando um frade chamado Dionísio, o Pequeno, fez alguns cálculos e determinou que aquele era o ano 532 depois do nascimento de Cristo (d.C.). Mas alguns séculos depois os cálculos foram refeitos e levantou-se a questão de que o pequeno grande Dionísio teria errado nos seus cálculos e, portanto, nosso calendário pode estar de quatro a seis anos atrasado. Ou seja, Cristo teria nascido há 2016 ou 2018 anos, e não 2012.
De volta para o futuro Os anos dependem de referenciais. Compare o calendário cristão com outros três
Calendário Gregoriano
Este é o calendário cristão, adotado hoje pela maior parte das pessoas. O ano 1 marca o nascimento de Cristo (ainda que a data esteja errada…)
Calendário Juliano
O ano 1 para o Império Romano é o chamado ad Urb condita, que em latim significa algo como “desde a fundação da cidade” – a cidade para eles, por excelência, era Roma
Calendário Judaico
Começa no ano em que Deus teria criado o mundo, exatamente no dia 7/10/3760 a.C. Hoje, portanto, os judeus vivem no ano 5772
Calendário Islâmico
Baseado no calendário lunar, com 354 dias. Os islâmicos mais fiéis estão em 1433. O ano 1 para eles marca a hégira, quando Maomé fugiu de Meca para Medina