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Qual foi o primeiro videoclipe da história?

Veja também um top 10 com os vídeos mais importantes de todos os tempos

Por Cíntia Cristina da Silva
Atualizado em 22 fev 2024, 11h10 - Publicado em 18 abr 2011, 18h50

É difícil precisar qual foi o primeiríssimo clipe, mas dá para dizer que os Beatles foram os pioneiros a usar essa forma de mesclar cinema e música. Cansados de tanto ouvir a gritaria das suas plateias histéricas, os quatro rapazes de Liverpool começaram a substituir as apresentações ao vivo na TV por gravações. O diretor Richard Lester pode ser considerado o “paizão dos videoclipes” pelo tratamento cinematográfico bem maluco que preparou como pano de fundo para as canções presentes nos filmes A Hard Day’s Night (1964) e Help! (1965).

Mas essas foram apenas experiências pioneiras, que nos anos 70 se repetiriam de formas isoladas. A verdadeira explosão da “música com imagem” só aconteceu com o surgimento da Music TeleVision, a MTV americana, em 1981. A emissora impulsionou a produção dos pequenos filmes naquela que ficou conhecida como a “década do videoclipe”. No início, poucas pessoas tinham ideias originais de o que fazer para ilustrar as canções, mas logo foi surgindo uma estética própria para esse tipo de produto, com imagens em ritmo alucinante que tentavam contar uma história em poucos minutos.

Os clipes dessa fase inicial, talvez por influência da publicidade, abusavam de cenas com tecidos esvoaçantes, cavalos, espelhos se quebrando, água em câmera lenta… Mas também havia os mais “experimentalistas”, que simplesmente tascavam objetos em cena que não tinham nada a ver com a música tocada. Nos Estados Unidos, o primeiro videoclipe exibido na MTV foi “Video Killed the Radio Star”, da banda The Buggles. Por aqui, a emissora, que estreou em 1990, abriu a programação com Marina Lima cantando “Garota de Ipanema”. Além desses dois clipes, muitos outros marcaram época pelos mais variados motivos. Veja uma seleção de dez deles.

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Top 10

Vídeos revolucionários, polêmicos e inesquecíveis que marcaram época

A Hard Day’s Night” – Beatles (1964*)

Feito no auge da beatlemania, esse filme mostra um dia típico na vida da banda – que consistia, basicamente, em fugir de fãs ensandecidas. É uma obra marcante na história da música pop e seus números musicais, adicionados à trama amalucada, são considerados os precursores dos videoclipes

“Bohemian Rhapsody” – Queen (1975)

Destaque da fase pré-MTV, esse clipe que hoje parece antiquado é considerado um dos primeiros a exibir com eficiência as qualidades de uma música. É claro que a grandiloquente “Bohemian Rhapsody” ajudou bastante, pois reúne numa só canção três estilos de composição: ópera, música clássica e heavy metal

“Ashes to Ashes” – David Bowie (1980)

O vídeo parecia uma ficção científica esquisita, mostrando o cantor David Bowie, vestido como pierrô, passeando na praia e depois numa cela de hospício acolchoada. “Ashes to Ashes” ditou o estilo dos clipes nos anos 80

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“Whip It” – Devo (1980)

Um dos primeiros grandes sucessos da MTV americana. A banda tocava no que parecia uma bucólica fazenda, mas não demorava muito e o nonsense tomava conta: os integrantes do Devo usavam chapéus esquisitos e um chicote implacável entrava em cena para rasgar a roupa de donzelas

“Rio” – Duran Duran (1982)

Filmado numa praia do Caribe, é a obra-prima que resume a “estética videoclipe” dos anos 80. Havia de tudo um pouco: modelos com os corpos pintados, o vocalista Simon Le Bon cavalgando na praia, tecidos esvoaçantes e um barco a vela singrando o mar a toda velocidade

“Thriller” – Michael Jackson (1983)

Foi o início das superproduções. O clipe teve um diretor de sucesso – John Landis, de Um Lobisomem Americano em Londres (1981) -, um maquiador premiado com um Oscar (Rick Baker) e a narração do astro dos filmes de terror, Vincent Price. Nos 14 minutos do clipe, Michael Jackson e sua namorada eram atacados por zumbis

“Sledgehammer” – Peter Gabriel (1986)

Revolucionário, causou grande impacto por sua ousadia e inventividade. O clipe usava técnicas de animação para mostrar, por exemplo, trens circulando ao redor da cabeça do cantor. Após “Sledgehammer”, vários clipes deixaram de ser só ferramentas de marketing para se transformarem em formas de arte

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“Freedom’90” – George Michael (1990)

No início da década das supermodelos, George Michael conseguiu reunir as quatro mulheres mais lindas e poderosas das passarelas: Cindy Crawford, Linda Evangelista, Naomi Campbell e Christy Turlington. O clipe foi dirigido por David Fincher

“Justify My Love” – Madonna (1990)

Marcou época pela polêmica. A cantora Madonna abusou (no bom sentido!) do erotismo. Espartilho, cinta-liga, calcinha de renda preta e outros acessórios picantes dividiam a cena com uma porção de figurantes que exalavam luxúria. O vídeo acabou sendo censurado pela MTV americana

“Smells Like Teen Spirit” – Nirvana (1991)

O primeiro grande sucesso do Nirvana teve um clipe à altura da banda grunge mais importante. Kurt Cobain cantava diante de uma plateia comportada, que aos poucos passava a dançar com entusiasmo. O curioso é que a bagunça genuína não estava prevista: ela foi filmada após o diretor do clipe perder o controle dos ânimos da galera

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