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Quantos animais estão em extinção hoje no Brasil?

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 633 espécies estão ameaçadas de extinção no país — 395 animais terrestres e 238 aquáticos. Esses dados fazem parte do último grande estudo a respeito, que teve seus resultados divulgados em 2003. Para avaliar os riscos que a fauna brasileira corria, foram […]

Por Yuri Vasconcelos
Atualizado em 22 fev 2024, 11h18 - Publicado em 18 abr 2011, 18h47
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  • Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 633 espécies estão ameaçadas de extinção no país — 395 animais terrestres e 238 aquáticos. Esses dados fazem parte do último grande estudo a respeito, que teve seus resultados divulgados em 2003. Para avaliar os riscos que a fauna brasileira corria, foram acionados para esse “censo animal” mais de 200 especialistas de diversas entidades, como a Sociedade Brasileira de Zoologia e a Sociedade de Zoólogos do Brasil. As 633 espécies em perigo foram classificadas em seis categorias de risco:

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    • Extinta

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    • Extinta na natureza

    • Criticamente em perigo

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    • Em perigo

    • Vulnerável

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    • Quase ameaçada

    “Essas categorias seguem vários critérios, como o tamanho da população, a distribuição geográfica e a pressão que ela sofre”, afirma o biólogo Rafael Thiago do Carmo, da Fundação Biodiversitas. Do total de animais terrestres presentes na lista, sete já estão extintos, entre eles a arara-azul-pequena e o minhocuçu (um tipo de minhoca gigante). O pior de tudo é que um estudo parecido já havia sido feito pelo Ibama em 1989, quando foram listados “só” 218 animais terrestres sob risco de extinção, contra os 395 de 2003 – em 1989, não foram avaliados os animais aquáticos. De acordo com os especialistas, esse crescimento se deve a vários fatores, como a destruição de habitats, as pressões provocadas por queimadas e desmatamentos, a caça ilegal e até mesmo o aumento do conhecimento científico sobre a fauna do país, o que permitiu identificar mais espécies. A boa notícia é que os animais ameaçados não estão necessariamente condenados a desaparecer. Alguns bichos que estavam na lista de 1989, não apareceram na de 2003. Entre os bravos “sobreviventes” estão o jacaré-açu, o veado-campeiro e o gavião-real.

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    Elas estão descontroladas!
    Selecionamos sete espécies que podem sumir do nosso mapa se a fiscalização ambiental não aumentar

    MICO-LEÃO-DE-CARA-PRETA (Leontophitecus caissara)

    Nível de ameaça – Criticamente em perigo

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    Onde vive – Paraná e São Paulo

    Embora não seja tão famoso quanto o mico-leão-dourado, esse primata está em situação mais crítica. Não existem colônias em cativeiro e sua população livre é de cerca de 400 indivíduos. O mico-leão-de-cara-preta é muito sensível a mudanças de ambiente

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    ARARINHA-AZUL (Cyanopsitta spixii)

    Nível de ameaça – Extinta na natureza

    Onde vive – Bahia, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Tocantins

    A destruição das árvores da caatinga, onde a ararinha fazia seus ninhos, e o tráfico ilegal fizeram com que a espécie sumisse da natureza — hoje só restam 60 animais em cativeiro. O último exemplar estudado da ave vivia na Bahia, mas sumiu em 2000

    ARANHA-CHICOTE (Charinus troglobius)

    Nível de ameaça – Criticamente em perigo

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    Onde vive – Bahia

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    A aranha-chicote só é encontrada em cavernas perto da divisa entre Bahia e Minas Gerais. “A exploração da indústria de calcário está destruindo o habitat delas”, diz o biólogo Alessandro Giupponi, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro

    TARTARUGA-DE-COURO (Dermochelys coriacea)

    Nível de ameaça – Criticamente em perigo

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    Onde vive – No litoral das regiões Nordeste, Sul e Sudeste

    A maior de todas as tartarugas brasileiras (chega a medir 2 metros e pesar 500 quilos) sofre com a poluição marinha e a caça indiscriminada. Elas fazem seus ninhos na praia e, por se locomoverem lentamente, são presas fáceis para caçadores

    SAPINHO-NARIGUDO DE-BARRIGA-VERMELHA (Melanophryniscus macrogranulosus)

    Nível de ameaça – Criticamente em perigo

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    Onde vive – Rio Grande do Sul

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    A poluição das águas, a contaminação por pesticidas, as mudanças climáticas e o avanço da fronteira agrícola sobre a região onde a espécie vive são alguns dos fatores que põem em risco a sobrevivência desse sapo

    BESOURO-ROLA-BOSTA (Dichotomius schiffleri)

    Nível de ameaça – Criticamente em perigo

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    Onde vive – Espírito Santo

    As queimadas e o turismo desordenado na ilha de Birigui (ES) ameaçam o único local onde o besouro é encontrado. “Ele tem esse curioso nome porque faz uma bola com as fezes de bovinos e deposita seus ovos nela”, explica o biólogo Ângelo Machado, da Universidade Federal de Minas Gerais

    CAÇÃO-BICO-DOCE (Galeorhinus galeus)

    Nível de ameaça – Criticamente em perigo

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    Onde vive – Litoral de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul

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    O cação-bico-doce, que mede cerca de 2 metros de comprimento, está ameaçado por causa da pesca predatória, já que sua carne é muito apreciada. A lentidão com que ele se reproduz — a gestação dura um ano — também prejudica a espécie

    Mergulhe nessa

    https://www.biodiversitas.org.br

    • wwww.redlist.org

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