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As maiores atrocidades de Gêngis Khan

Como um mongol analfabeto e nômade construiu o mais vasto império do planeta e deixou um rastro de mortes da China à Europa?

Por Rafael Gonzaga
Atualizado em 11 mar 2024, 12h07 - Publicado em 18 nov 2016, 16h34
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  • Sugestão do TdF Gabriel Facundes
    Ilustra
    Rainer Petter
    Edição Felipe van Deursen

    FICHA CRIMINAL
    Nome – Temujin (por volta de 1160-1227)
    Local de atuação – Ásia
    Mortes – 40 milhões*

    1 – Temujin nasceu na década de 1160 à beira do Rio Onon, na Mongólia, filho de Yesugei Baghatur, chefe de uma das tribos nômades que viviam constantemente em confronto. O menino nasceu com um coágulo em uma das mãos, o que foi interpretado como um sinal divino de que ele seria um grande guerreiro

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    2 – O pai de Temujin morreu envenenado por uma tribo rival quando o menino tinha 9 anos. Ele herdou a liderança de uma tribo pequena e vulnerável. Mesmo jovem, soube usar a estratégia e buscou se aliar a outros clãs. Foi assim que conheceu Borte, sua esposa

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    3 – Os merkits, antigos inimigos do pai de Temujin, invadiram e saquearam sua tribo, além de raptar Borte. O líder mongol convocou os aliados e armou a vingança. Massacrada, a tribo merkit sumiu do mapa, e Borte, enfim, foi resgatada. Temujin ganhou o respeito dos mongóis

    4 – Temujin abandonou tradições hierárquicas e adotou a meritocracia na distribuição de cargos. Ou seja, era promovido quem ele julgava merecedor, independentemente das origens da pessoa. Ele começou também a disciplinar todo o povo: treinamentos como atirar com arco e flecha se tornaram obrigatórios desde a infância

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    5 – Em 1204, o desrespeito à tradição levou Temujin a enfrentar no campo de batalha um amigo de infância, Jamuka. Temujin venceu com táticas psicológicas, como acender cinco archotes por soldado para fazer seu exército parecer maior. Derrotado, Jamuka, que também queria ser o grande líder mongol, foi executado. Com o caminho livre de concorrência, Temujin adotou o título Gêngis Khan, que significa “Senhor do Universo”

    + Retrato Falado: Tamerlão: o sangrento imperador mongol
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    6 – Gêngis Khan logo tratou de fazer jus ao título e invadiu a China, o império mais poderoso da época. Conforme avançava rumo à capital, Zhongdu, deixava um rastro de chacinas e estupros. Trinta quilômetros de muralhas cercavam a cidade, mas ela não estava totalmente protegida. Os mongóis interceptaram a entrada de alimentos, matando milhares de fome. Depois, usaram civis como escudos humanos para se proteger das flechas chinesas. Quando finalmente invadiram, atearam fogo, pilharam e destruíram tudo e todos por um mês

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    7 – A princípio, Gêngis queria conquistar o mundo pelo comércio, não pela espada. Enviou embaixadores ao Império Corásmio, potência da Ásia Central, mas os corásmios não queriam papo e mandaram de volta a cabeça de um dos representantes, em 1218. Aí, o monstro saiu da jaula. A fúria mongol cavalgou com 200 mil homens para enfrentar o inimigo. Foi tanto sangue que, para evitar que vivos se escondessem em pilhas de mortos, os mongóis decapitavam o corpo e depois fincavam a cabeça em estacas. O Império Corásmio acabou incorporado ao mongol

    8 – Gêngis voltou à China, onde queria conquistar novos reinos. Nessa incursão, em 1227, ele morreu, possivelmente por causa de uma queda de cavalo (outras fontes citam malária e uma flechada no joelho). Depois, seu filho Ogodei chegou à Europa e conquistou regiões das atuais Rússia, Polônia, Hungria e Ucrânia. Kublai, um dos netos de Gêngis, reinou quando o império já diminuía de tamanho. Seu domínio se limitava à China e à Mongólia

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    QUE FIM LEVOU?
    O túmulo de Gêngis Khan é um mistério. Todos os envolvidos em seu funeral teriam sido mortos para que ninguém jamais descobrisse o local

    * Total de mortes atribuídas a Gêngis Khan e seus sucessores no Império Mongol

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    FONTES documentários Genghis Khan: A Fúria Mongol (BBC), e Ancients Behaving Badly (History Channel); livro Genghis Khan and the Making of the Modern World, de Jack Weatherford

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