
Problema pode ser desencadeado na infância
Crescer num ambiente desfavorável, recebendo pouco carinho e cuidado dos pais, aumenta em 2,5 vezes o risco de desenvolver demência na velhice – sendo que para duas variantes da doença, o Alzheimer e a demência vascular, a elevação de risco é ainda maior (2,9 e 6,8 vezes, respectivamente). Essa foi a conclusão de um estudo (1) que analisou o histórico pessoal e médico de 247 mil pessoas no Reino Unido.
Estudo associa substâncias a declínio mental
O contato com fenóis, ftalatos e parabenos, que estão presentes em diversos produtos e objetos do dia a dia (cosméticos e embalagens de alimentos, por exemplo), pode predispor idosos à demência. Um estudo (2) avaliou os níveis dessas substâncias no sangue de 900 idosos americanos – e constatou que, quanto maior a quantidade delas no corpo de uma pessoa, pior seu desempenho cognitivo.
Molécula reverte déficit cognitivo em animais
Cientistas da UFRJ e da USP descobriram que a hevina (substância produzida naturalmente pelos astrócitos, um tipo de célula cerebral) pode tratar a demência em ratos de laboratório. Na experiência (3), os cientistas usaram ratos com problemas cognitivos similares ao Alzheimer humano. Aí, elevaram a quantidade de hevina no cérebro deles – e a cognição dos bichos se recuperou.
Fontes (1) “Associations of early-life factors and risk of incident dementia: a cohort study of 247,841 participants”, Y Ou e outros, 2025; (2) “Association between mixed exposure of phenols, parabens, phthalates and cognitive function in US elders”, H Du e outros, 2025; (3) “Astrocytic Hevin/SPARCL-1 Regulates Cognitive Decline in Pathological and Normal Brain Aging”, F Cabral-Miranda e outros, 2025.