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Cientistas criam tatuagens que mudam de cor quando a saúde não vai bem

Pigmento sofre variações de acordo com os níveis de glicose, albumina e pH no sangue, o que pode ajudar em doenças como a diabetes.

Por A. J. Oliveira
Atualizado em 23 jul 2019, 21h24 - Publicado em 23 jul 2019, 21h23
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  • Pacientes que sofrem de doenças crônicas como diabetes e insuficiência renal precisam monitorar constantemente certos índices detectáveis pela corrente sanguínea para saber se estão saudáveis. Mas, e se fosse possível ter uma ideia da situação só de olhar para a pele? Ou ainda melhor: para uma bela tatuagem que ajuda a pessoa a se manter saudável? Cientistas na Alemanha estão perto de tornar isso realidade.

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    Uma equipe internacional de pesquisadores liderada por Ali Yetisen, engenheiro químico da Universidade Técnica de Munique, desenvolveu uma tinta que, quando aplicada embaixo da pele, muda de cor sempre que o organismo está desregulado. As tonalidades do pigmento variam conforme a flutuação da glicose, da albumina e do pH no sangue — substâncias importantes que servem como medidores na hora de avaliar a saúde.

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    Apesar de ainda não terem sido testadas em seres humanos, os testes preliminares em peles de porco mostraram que as tatuagens respondem de acordo com o esperado às variações na concentração dos biomarcadores. Ainda há uma estrada longa de testes até que elas possam ser usadas de verdade por médicos e pacientes, mas a tecnologia é promissora.

    O grupo que assina o estudo, publicado na revista científica Angewandte Chemie International Edition, foi capaz de estimar com sucesso as concentrações dos compostos vendo fotos das tatuagens em seus smartphones. O atrativo dessa proposta é que ela torna muito fácil saber quando algo está errado — e agiliza a resposta médica para reverter o quadro.

    Ainda por cima, com estilo. Esses biomarcadores foram escolhidos por serem indicadores de anomalias versáteis. A albumina é uma proteína que, em níveis baixos, aponta para problemas no rim ou no fígado, e em altos, pode indicar problemas cardíacos. Diabetes compromete a capacidade do corpo de metabolizar açúcares, por isso a quantidade de glicose no sangue fica alta.

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    Já as alterações de pH, que fazem o sangue ficar mais ácido ou mais alcalino, também são indícios de várias possíveis doenças que devem ser investigadas pelos médicos. A tinta detecta as mudanças nessas substâncias pois fica em contato com o fluido intersticial, líquido que banha as células e permite que troquem nutrientes. Todas as três tatuagens começam amarelas e, com o aumento dos índices, vão ficando mais azuladas ou esverdeadas.

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    O problema é que, por ora, só o pigmento do pH é reversível — os outros só funcionam uma vez. Ao contrário de exames de farmácia, tatuagens não são descartáveis. O próximo passo é incluir nas tintas receptores sintéticos que as façam mudar sempre de cor e testá-las em animais vivos, para saber se causam reações adversas. No futuro, outras condições poderão ser averiguadas, como a presença de certos micróbios e até de desidratação.

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