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Como funciona uma cirurgia de correção de estrabismo

O processo corrige os músculos que fazem o olho apontar na direção errada. Confira passo a passo.

Por Diogo Antônio Rodriguez
Atualizado em 26 jun 2020, 18h47 - Publicado em 11 jan 2017, 15h39

olho

Em primeiro lugar, nem sempre é preciso recorrer à cirurgia. Os casos menos sérios podem ser tratados com o uso de óculos corretivos. Outra opção é aplicar um tampão no olho normal, para estimular o reposicionamento do outro (um processo que pode levar alguns meses). Dá até para tentar corrigir o estrabismo aplicando toxina botulínica (o famoso botox) no músculo ocular.

Quando nenhum outro tratamento funciona, a opção é uma cirurgia para encurtar ou alongar os músculos oculares. “É um procedimento para buscar a correção do desvio realinhando os olhos”, afirma a médica oftalmologista Cláudia Faria. Dependendo da seriedade do problema, pode ser necessário fazer uma intervenção em ambos os olhos.

O paciente pode escolher se vai ser anestesia local (apenas na área do corpo onde será feita a intervenção) ou geral (que deixa a pessoa desacordada).

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A HORA H
A cirurgia é simples e dura cerca de uma hora. O primeiro passo é manter as pálpebras abertas com um instrumento de metal chamado lid speculum. São feitos cortes na região do globo onde se conectam os músculos extraoculares, que ajudam a fixar sua posição. É como se fosse uma corda colada na lateral de uma bola: se você puxá-la um pouquinho, a bola girará em seu eixo.

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ESTICA E PUXA
Dependendo de onde o extra-ocular se liga ao olho, há dois tipos de cirurgia. Numa delas (Tipo 1, abaixo), o músculo é desconectado do ponto em que se liga ao olho e recolocado mais pra trás, deixando-o mais folgado e diminuindo sua tensão. Na outra (Tipo 2, mais abaixo), um pedacinho do músculo é cortado e a parte que sobra, mais curta, é colocada no ponto de fixação, ficando mais tensa e “puxando” o olho pro lugar certo.

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TUDO ABERTO
Uma vez que o músculo foi encurtado ou mudou de posição, o cirurgião faz a emenda usando pontos que se dissolvem biologicamente com o tempo (portanto, não precisam ser retirados). No mesmo dia, o paciente volta para casa, com uma receita de analgésicos, para diminuir a dor na região. Mas ele já consegue enxergar. Tem apenas de usar uma proteção no olho por seis dias.

PACIÊNCIA…
Recomenda-se repousar por uma semana e evitar esportes de contato por mais sete dias. Durante algumas semanas, o ex-estrábico vai enxergar embaçado, porque o cérebro e os olhos ainda precisam se acostumar com o novo alinhamento. Em até seis semanas, os pontos se dissolvem.



CONSULTORIA:
Claudia Faria, médica oftalmologista do Hospital Israelita Albert Einstein

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