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Consumo de álcool durante a amamentação prejudica o cérebro do bebê, diz estudo

Cientistas australianos estão apontando que o consumo de álcool da mãe pode interferir na criança, mesmo depois do nascimento.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 31 jul 2018, 14h33 - Publicado em 31 jul 2018, 14h29

A Síndrome do Alcoolismo Fetal (SEF) é uma das grandes responsáveis pela recomendação de zero álcool durante a gravidez. Ela afeta o bebê ainda no útero, gerando déficit de crescimento, alterações em características faciais e atraso (ou até prejuízo) no desenvolvimento motor. Mas agora, cientistas australianos da Universidade Macquarie sugerem que a restrição alcoólica não deve acabar no parto: o ideal para o cérebro do bebê é que a mamãe se mantenha longe de bebida até o fim da amamentação.

É complicado fazer afirmações conclusivas. Ainda hoje não se sabe que níveis de álcool são seguros e a partir de quando o consumo de bebida causa o desenvolvimento da SEF, por exemplo. Por via das dúvidas, a recomendação é zero. E a amamentação segue a mesma lógica: segundo essa nova pesquisa, feita com mais de 5.000 bebês e mães australianos, o cérebro do bebê pode ser prejudicado caso haja resquícios alcoólicos no leite materno. Por isso, é melhor evitar.

Para a pesquisa, os cientistas recrutaram os voluntários em 2004, e seguiram fazendo avaliações (raciocínio, desenvolvimento motor etc.) das crianças a cada dois anos. A autora do estudo, Louisa Gibson, falou sobre os resultados: “Quanto mais álcool as mulheres bebem, ou quanto mais arriscado são os padrões de consumo de álcool durante a amamentação, menor é a capacidade de raciocínio abstrato de criança de 6 a 7 anos de idade”.

Esse resultado é fruto de uma comparação: a pesquisa mostrou que não houve declínio nas habilidades de pensamento e raciocínio em crianças com mães que consumiram álcool, mas não amamentaram. Ou seja, nos dois casos as mães consumiram bebida, mas apenas os bebês que entraram em contato com o leite materno sofreram os danos. A redução nas habilidades da criança foi um resultado direto do álcool no leite materno – outros aspectos sociais relacionados à bebida, por exemplo, não tiveram influência alguma.

Isso tudo é coerente, já que a infância é um período de desenvolvimento, e as sinapses do cérebro – conexões entre as células nervosas – estão crescendo em um ritmo bem acelerado. Gibson afirma que o álcool pode danificar diretamente as células cerebrais. E a autora ainda enumera as os possíveis malefícios do álcool no leite materno: segundo ela, a substância pode alterar o conteúdo nutricional do leite, causando uma deficiência nutricional precoce. Outra hipótese é que o álcool  pode afetar os padrões de alimentação e sono do bebê.

As pesquisas ainda estão no início, então vale ressaltar: investigações bem mais complexas são necessárias para afirmações conclusivas.

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