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Conversar com enfermeiras pode fazer você parar de fumar

Pesquisa mostrou que um simples papo pode triplicar suas chances de parar com os cigarros

Por Felipe Germano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 19h02 - Publicado em 5 out 2016, 19h45

Muita gente luta, em alguns casos por anos, para tentar largar o vício do cigarro. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um bilhão de pessoas são consideradas dependentes da nicotina. O que pesquisadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, descobriram é que esse número poderia cair bastante com uma simples conversa com uma enfermeira (ou enfermeiro), bem preparado.

Para chegar nessa conclusão, os pesquisadores treinaram, por uma hora, profissionais de enfermagem que trabalham em três hospitais do estado de Michigan. Os enfermeiros eram treinados para saber responder perguntas e dar dicas de como largar o vício. Além disso, os pacientes recebiam da enfermagem um kit formado por folhetos com conselhos sobre parar de fumar, um DVD com uma apresentação sobre tabagismo, um número de telefone para que eles ligassem se sentissem que precisavam conversar com alguém – e até recebiam ligações de um grupo de voluntários, que perguntavam sobre como estava a abstinência.  Foram três anos de estudo e mais de 1500 pacientes analisados, e a resposta foi bem clara 16,5% dos pacientes que passaram por esse procedimento realmente pararam de fumar – contra 5,7% de outros dois hospitais da região que não tinham o programa.

LEIA: Efeito do cigarro dura 3 gerações

O estudo é relevante até porque não usou apenas pacientes que efetivamente estavam em busca de cortar os vínculos com o cigarro. Qualquer fumante maior de idade que estivesse passando pelo hospital, por qualquer motivo, poderia ser abordado pela equipe de enfermagem. “Hospitalização é a hora perfeita para ajudar pessoas a pararem de fumar. Eles estão mais motivados e enfermeiros podem explicar como fumar prejudica a saúde – inclusive atrapalhando a cura”, afirmou, em comunicado, Sonia Duffy, pesquisadora da Universidade de Ohio que liderou o estudo.

Além do treinamento, os enfermeiros também recebiam um guia que lhes ensinava a como agir nas mais diferentes situações; e eram acompanhados de médicos que indicavam as melhores alternativas para cada paciente iniciar sua parada: alguns eliminavam a nicotina imediatamente, outros mascavam chicletes, ou tomavam remédios voltados para o fim do vício.

E as conversas, em geral, eram bem curtinhas. Os papos duraram, em média, 9 minutos. Tempo o bastante para fumar um cigarro – ou deixar de fumar dezenas deles.  

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