Nas grandes cidades, é cada vez mais comum encontrar pessoas fazendo ginástica em ruas e avenidas de grande circulação de veículos. O hábito, no entanto, é condenado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos. Segundo eles, quem se exercita em ambientes com taxas acima do normal de monóxido de carbono poluente que sai pelo escapamento dos carros tem mais chances de sofrer arritmias, perigosos descompassos do ritmo cardíaco. Primeiro um grupo de voluntários praticou exercícios em um ambiente sem poluição, em seguida, os pesquisadores introduziram monóxido de carbono na sala de ginástica, nos mesmos níveis de uma rua com trânsito congestionado. Ao se compararem as batidas cardíacas, notou-se que a frequência de arritmias aumentava com a poluição do monóxido, embora ainda ninguém saiba por que isso aconteça. É tentador imaginar que a poluição dos carros prejudique também o coração, admite o médico Victor Matsudo, especialista em esportes. Até então, só havia evidências de que, especialmente durante exercícios, essa poluição afeta os pulmões.