Abril Day: Assine Digital Completo por 1,99

Crianças de laboratório

Você já pode evitar filhos, gerá-los quando parece impossível e acompanhar a evolução do feto no útero.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h32 - Publicado em 30 set 1999, 22h00

No dia 25 de julho de 1978, uma inglesinha recém-nascida se tornou famosa no mundo inteiro. Seu nome era Louise Brown, a primeira criança a ser concebida por fertilização in vitro – ou seja, um bebê de proveta. Os autores do feito foram os médicos ingleses Patrick Steptoe (1913-1988) e Robert Edwards, do Centro para a Reprodução Humana de Oldham, na Inglaterra. Pela técnica da fertilização in vitro, óvulos maduros são retirados do útero da mulher, fecundados em laboratório e recolocados na doadora. A novidade logo se disseminou pelo planeta, como uma solução para os casais com dificuldades para gerar filhos. É o caso, entre outros, das mulheres com bloqueio nas trompas de Falópio – a ligação entre o útero e o ovário – e dos homens com baixa taxa de espermatozóides. No início, só 5% das tentativas alcançavam sucesso. Hoje as chances variam entre 20% e 35%, graças a aperfeiçoamentos técnicos. Em 1991, cientistas belgas desenvolveram uma agulha cujo diâmetro é sete vezes menor do que um fio de cabelo. Com ela, o médico isola um único espermatozóide e pode introduzi-lo no óvulo, dando início à gravidez mesmo nos casos mais difíceis de infertilidade masculina. Mais de 45 000 crianças já nasceram graças à fertilização in vitro, no mundo inteiro. O primeiro bebê de proveta brasileiro veio à luz em 1984, pelas mãos do médico Milton Nakamura (1935-1997). Hoje em dia, ninguém mais acha estranho esse meio de vir ao mundo.

O primeiro retrato

Antes mesmo de nascer, este feto de 9 meses já teve a imagem do seu rosto registrada por um aparelho de ultra-sonografia. O ultra-som é uma vibração sonora tão rápida que o ouvido humano não consegue captar. Os golfinhos o utilizam para caçar – o ultra-som, ao chocar-se com a presa, produz um eco que informa seu tamanho e sua localização. Os morcegos recorrem a ele para orientar o vôo. Os seres humanos, incapazes de produzir sons em freqüências tão altas por meios naturais, só conseguiram dominar o ultra-som em 1916. Foi durante a Primeira Guerra Mundial, com a invenção do sonar, aparelho de navegação que possibilita detectar embarcações inimigas e obstáculos como um iceberg. Adaptado para a Medicina, o ultra-som se mostrou capaz de produzir imagens do interior do corpo muito mais exatas do que o raio X, além de ser inofensivo, pois não contém radiação. Por isso, tornou-se um instrumento obrigatório dos obstetras, que o utilizam para examinar a posição, o tamanho e possíveis anormalidades do feto no útero materno.

Prazer sem filhos

Continua após a publicidade

Até onde se pode comprovar, o homem é o único animal – além do bonobo, uma espécie de chimpanzé – a ter relações sexuais por puro prazer, sem o objetivo da reprodução.

Mas a pílula anticoncepcional, que tornou essa prática plenamente possível, só foi criada em 1954, pelo biólogo americano Gregory Pincus (1903-1967), num caso raro de descoberta científica patrocinada por um movimento social. Desde o início do século, a feminista americana Margareth Sanger (1883-1966) vinha defendendo o controle da natalidade como um pré-requisito para a conquista dos direitos da mulher. Em 1951, ela encomendou a Pincus uma pesquisa sobre um método eficaz de contracepção.

A idéia deu certo. A pílula é uma combinação dos hormônios femininos estrógeno e progesterona, produzidos sinteticamente. A ingestão diária dos hormônios inibe a ovulação, pois engana o organismo. Ele recebe a informação falsa de que a mulher está grávida e, por isso, a ovulação não ocorre.

Continua após a publicidade

Criada em 1952

Pelo médico inglês Douglas Bevis, a amniocentese é um exame que consiste em enfiar uma agulha no útero da gestante e retirar uma amostra do líquido que existe na placenta. Assim é possível detectar doenças, como a síndrome de Down.

Publicidade


Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ABRILDAY

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.