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EUA começam testes da vacina contra o coronavírus

Ela usa uma nova técnica genética, e foi desenvolvida em tempo recorde. Mas não é a única arma sendo preparada contra a COVID-19.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 25 mar 2020, 12h17 - Publicado em 26 fev 2020, 17h06

O novo coronavírus, que inicialmente parecia ter foco apenas na Ásia, já deixou a China e está assombrando outros continentes. Desde o início da propagação do vírus, em janeiro, a empresa de biotecnologia Moderna Therapeutics vem trabalhando em uma vacina contra a doença. Ela foi desenvolvida apenas 42 dias após o anúncio do vírus pelos chineses, que ocorreu em meados de janeiro. E agora, os primeiros lotes da vacina contra a COVID-19 foram enviados para serem testados em humanos. Os responsáveis pelo teste serão o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH), que devem iniciar os trabalhos em abril.

O desenvolvimento de vacinas costuma ser um processo longo, pois os métodos tradicionais exigem o cultivo de grandes quantidades de vírus e bactérias – o que leva tempo. Mas a vacina contra o novo coronavírus não foi feita dessa forma. Ela é baseada em um método genético que não envolve os vírus em si. Vamos por partes. 

A vacina contra a COVID-19 não contém o coronavírus. É algo bem mais específico, e  engenhoso. Dentro do DNA existe um material genético chamado RNA mensageiro, que é responsável pela produção de proteínas. Os cientistas selecionaram um pedaço específico do RNA mensageiro, que o coronavírus normalmente utiliza para gerar uma proteína chamada spike sem a qual ele não se multiplica.

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Quando a vacina é injetada numa pessoa, o sistema imunológico dela se torna capaz de atacar a tal proteína – e o indivíduo desenvolve imunidade ao coronavírus. A ideia é essa.

Mas a vacina não é o único tratamento sendo testado. Cientistas do NIH também estão aplicando o medicamento antiviral remdesivir em um paciente infectado. Ele foi desenvolvido inicialmente pela empresa de biofarmacologia americana Gilead Sciences, que pretendia tratar a doença causada pelo vírus Ebola. O medicamento combateu com sucesso outros tipos de coronavírus em animais infectados, como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) e a síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS). O novo teste será liderado por uma equipe do Centro Médico da Universidade de Nebraska e o primeiro paciente voluntário é um dos passageiros americanos infectados do navio Diamond Princess

Outros infectados voluntários também serão submetidos ao tratamento. Eles vão receber aleatoriamente o remédio ou um placebo (substância que não apresenta efeito no organismo) durante dez dias por via intravenosa. A cada dois dias, médicos farão exames de sangue e também coleta de secreções de nariz e garganta para medir a quantidade de vírus no organismo. 

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