Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Futebol :grupo A

Mas o futebol já existia por lá desde 1874, quando o professor de educação física Konrad Koch voltou de um ano de estudos na Inglaterra com uma bola e todos os ensinamentos para o pessoal de uma escola de Brunswick.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h13 - Publicado em 30 abr 2006, 22h00

Alemanha

Do fanatismo dos cachecóis à torcida além-Muro.

Pode-se até dizer que é por merecimento que a Alemanha será sede da Copa do Mundo de 2006. Afinal, é o país com a melhor média de público entre todos os campeonatos nacionais do planeta. Na temporada 2005-2006, tal média estava em cerca de 40 mil pagantes por jogo, batendo os campeonatos mais ricos (Inglaterra, Itália, Espanha), os países mais populosos e o pentacampeão mundial (as médias de China e Brasil são semelhantes: cerca de 13 mil). E estamos falando só da média de todo o campeonato.

Os alemães são fanáticos e consumistas. Compram de tudo de seu time, mas são fanáticos por cachecóis (15 milhões de torcedores têm pelo menos um). Os bolsos mais generosos são os dos torcedores do Bayern de Munique, que gastam estimados 122 euros por ano em produtos do clube. Nada mau para um país que já foi muito conturbado politicamente e só veio a ter um campeonato nacional por pontos corridos em 1963 (bem tarde para os padrões europeus).

Mas o futebol já existia por lá desde 1874, quando o professor de educação física Konrad Koch voltou de um ano de estudos na Inglaterra com uma bola e todos os ensinamentos para o pessoal de uma escola de Brunswick. Nos anos seguintes, grandes centros de comércio internacional, como Hamburgo e Berlim, também começaram a bater bola graças ao contato com os britânicos.

A Alemanha é o único dos países da Copa 2006 que têm em sua lista de campeões nacionais um clube de “outro país”. Em 1941 (quando o campeonato era disputado em mata-matas entre os campeões de cada região), o Rapid Viena, da Áustria, conquistou o título alemão. Tudo porque, em 1938, a Áustria fora anexada por Hitler para, como nação germânica, fazer parte da “Grande Alemanha”. Portanto, na época, o Rapid era um clube “alemão”.

Continua após a publicidade

CURIOSIDADE – Do fim da 2ª Guerra Mundial até 1990, a Alemanha foi dividida em dois países: a Alemanha Ocidental, capitalista e com futebol forte, e a Alemanha Oriental, obediente ao comunismo da União Soviética e mais fraca. Paranóica e brutal, a Stasi (polícia secreta comunista) espionava e perseguia cidadãos que manifestassem qualquer tênue interesse pelo futebol “capitalista”. Um certo Helmut Klopfleisch, fanático torcedor do Hertha Berlin, fez a Stasi acumular um gordo dossiê sobre suas peripécias para acompanhar os resultados e os jogos. Uma das provas mais “incriminadoras”, como relata o livro Football with the Enemy, era uma foto que Helmut conseguiu tirar junto do craque Beckenbauer.

Costa Rica

Do Wanchope ao chope.

Pode não ser o futebol mais talentoso e vencedor do mundo, mas a Costa Rica tem uma legião de torcedores fanáticos que, guardadas as proporções, não deve nada em intensidade à de outros países mais tradicionais. O noticiário futebolístico na mídia do país é intenso e se concentra tanto no campeonato local como nos vários jogadores com uma habilidade maior que se mudam para clubes do “primeiro mundo”, como o notório Wanchope, que jogou na Inglaterra e na Espanha e disputou a Copa de 2002.

Como no México, o campeonato nacional tem sua temporada dividida em dois campeonatos (Apertura e Clausura), disputados em sistema de grupos e, nas fases finais, mata-matas.

Continua após a publicidade

O orgulho do país é o Deportivo Saprissa, uma espécie de “Flamengo da Costa Rica”, que não admite jogadores estrangeiros. O clube conseguiu a façanha de disputar o Mundial de Clubes da Fifa em 2005 como campeão da Concacaf (Confederação das Américas Central e do Norte), no qual perdeu a semifinal para o Liverpool da Inglaterra.

Essa honra veio mais de um século depois da introdução do futebol no país. Entre 1894 e 1896, ingleses que chegaram ao país para a construção de seu sistema ferroviário começaram a bater bola com filhos de famílias ricas que estudaram no Reino Unido. Dali, o futebol se alastrou pelas cidades e povoados. Em 1904, surgiram os primeiros clubes organizados, o Josefino, o Costarricense, o El Invincible, o Monte Líbano e o Domingueño. O campeonato só tomaria forma em 1921 (o primeiro da América Central) e foi vencido pelo Herediano. Mas o gostinho de uma Copa do Mundo demoraria muito: só viria em 1990, quando a Costa Rica chegou às oitavas-de-final.

Polônia

Do papa goleiro à legião brasileira.

Outros países podem se orgulhar de muitas coisas que seu futebol proporcionou, mas só a Polônia consegue dizer que teve um papa jogando no gol. Karol Wojtyla, o papa João Paulo 2º (1920-2005), foi goleiro de times amadores na juventude em Katowice. Os relatos juram que ele era enérgico, tecnicamente bom e disciplinado debaixo das traves e fora de campo. Porém, as liturgias católicas levaram a melhor sobre a bola e o papa nem chegou perto de ser profissional.

Continua após a publicidade

O futebol entrou na Polônia graças ao professor Henryk Jordan, um entusiasta dos esportes, que abriu um grande centro esportivo na Cracóvia em 1888. A primeira bola em território polonês chegou trazida por ele em 1890, de Brunswick, na Alemanha. Mas somente em 1894 aconteceu o primeiro jogo oficial entre times escolares de Lwów e Cracóvia. E ele durou apenas 6 minutos, acabando numa espécie de “morte súbita” após o primeiro gol de um dos times. Pelo jeito, eles entenderam parte das regras, mas não todas.

Estabelecida como país em 1919, após a 1ª Guerra Mundial, a Polônia organizou seu primeiro campeonato em 1921. Disputou sua primeira copa em 1938, quando perdeu do Brasil por 6 a 5, e só voltou ao cenário mundial com uma geração especial (que incluía os craques Lato e Boniek) nos anos 70 e 80. Foi campeã olímpica em1972, eliminou a Inglaterra do torneio da Alemanha em 1973, foi 3ª colocada nas copas de 1974 e 1982 e ainda deu alguma canseira em 1986.

Na última década, muitos clubes poloneses vêm praticando uma política de importar batalhões de jogadores brasileiros, desde juvenis até profissionais rodados. Exemplo: o Pogon tem 20 brasileiros, entre eles o volante Amaral (ex-Palmeiras e Corinthians).

Equador

De saco de pancada a vice-saco de pancada.

Continua após a publicidade

Assim como os americanos creditam a invenção do avião a uns certos irmãos Wright, o Equador deve a introdução do futebol a homônimos. Os irmãos Juan Alfredo e Roberto Wright, de Guayaquil, foram estudar na Inglaterra, fizeram escala no Peru na volta e, em 1899, chegaram à cidade natal com uma bola. Cheios de “más” intenções, estimularam conterrâneos a aprender o esporte que conheceram em terras britânicas. Logo surgiu, graças ao incentivo dos Wright, o time do Club Deportivo de Guayaquil, seguido pelos do Club Sport Ecuador e da Associación de Empleados.

A organização foi evoluindo aos poucos. Partida oficial, só em 1900. Federação nacional, só em 1925, mesmo ano em que surgiu o Barcelona de Guayaquil, homenagem explícita de um imigrante catalão ao clube espanhol, clube mais famoso do Equador e vice-campeão da Taça Libertadores em 1998 (perdeu a final para o Vasco). Campeonato nacional decente, apenas em 1957.

O Equador foi o maior saco de pancada do futebol sul-americano por muito tempo, até a Venezuela se atrever a entrar nas competições nos anos 60. Ainda assim, era o “vice-saco de pancada”. Por isso, não deixa de espantar ou ser razão de aplauso que o país dispute sua segunda Copa do Mundo seguida em 2006.

Após muitas décadas levando goleadas dos gigantes sul-americanos, o Equador botou a casa em ordem no final dos anos 80. Fez boas participações na Copa América em 1989 (quando o zagueiro Quiñones se destacou e veio parar no Vasco) e 1993 (chegou às semifinais) e se classificou para sua primeira copa em 2002.

Em 2005, o Equador instituiu um sistema de campeonato nacional semelhante ao da Argentina, com dois torneios de um só turno (Apertura e Clausura) por temporada, seguindo a tendência de se adaptar ao calendário europeu até onde isso for possível às tradições sul-americanas.

Continua após a publicidade

Calendário de jogos – Fase 1 – Grupo A

Jogo – 1

Data – 9/junho

Estádio – Munique

Equipes- Alemanha x Croácia

Horário – 13 h

Jogo – 2

Data – 9/junho

Estádio – Gelsenkirchen

Equipes- Polônia x Equador

Horário – 16 h

Jogo – 17

Data – 14/junho

Estádio – Dortmund

Equipes- Alemanha x Polônia

Horário – 16 h

Jogo – 18

Data – 15/junho

Estádio – Hamburgo

Equipes- Equador x Croácia

Horário – 10 h

Jogo – 33

Data – 20/junho

Estádio – Berlim

Equipes- Equador x Alemanha

Horário – 11 h

Jogo – 34

Data – 20/junho

Estádio – Hanover

Equipes- Croácia x Polônia

Horário – 11 h

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.