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Médicos cultivam orelha “de reposição” no interior do braço de mulher

Jovem norte-americana perdeu o órgão em um acidente de carro em 2016; agora, receberá um implante feito com partes de seu próprio corpo

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
11 Maio 2018, 15h25

Em 2016, uma jovem norte-americana de 19 anos perdeu a orelha esquerda em um acidente de carro em El Paso, no Texas. Dois anos depois, ela está prestes a se tornar uma das primeiras pessoas do mundo a receber um órgão de reposição, construído por cirurgiões plásticos usando material de seu próprio corpo.

A nova orelha foi cultivada como uma planta no interior da pele do antebraço da paciente, e será transplantada para a posição correta ao longo de três cirurgias – a primeira das quais ocorreu nesta semana (as datas exatas não foram divulgadas à imprensa). Você pode ver uma foto da orelha no interior do braço aqui

Shamika Burrage é militar, e, embora tenha sofrido o ferimento fora de serviço, em uma situação civil, o procedimento foi conduzido por uma equipe de cirurgiões plásticos das forças armadas, liderada pelo tenente-coronel Owen Johnson. “Eu não queria fazer a reconstrução, mas pensei um pouco e acabei concluindo que podia ser uma boa ideia”, afirmou Burrage. “Eu ia escolher uma prótese artificial, para evitar ficar com mais cicatrizes. Mas eu queria uma orelha de verdade.”  

De acordo com a assessoria do exército, o órgão foi reconstruído usando como alicerce uma estrutura de cartilagem feita com material retirado da caixa torácica da paciente. Essa espécie de “recheio” foi implantado debaixo da pele do antebraço para que vasos sanguíneos pudessem envolvê-lo e formar tecidos vivos, com circulação normal. “A orelha terá artérias, veias e até nervos. Ela terá sensibilidade”, afirmou o cirurgião Johnson em comunicado oficial. Felizmente, o acidente não afetou os órgãos internos, e Burrage ouve normalmente desde que o canal foi desobstruído.

A primeira vez que uma orelha deu as caras em um lugar em que orelhas não crescem normalmente foi em 1997, quando pesquisadores de um hospital em Boston, Massachusetts, cultivaram o órgão auditivo nas costas de um rato de laboratório. A imagem do animal se tornou icônica, símbolo da era da engenharia genética – muito embora, de acordo com os cientistas responsáveis, o feito não tenha envolvido alterações no DNA. 

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