A idéia de que o homossexualismo seria hereditário promete tornar-se ainda mais polêmica: vem aí mais uma indicação de que há genes implicados com a orientação sexual. Trata-se de um estudo, ainda em curso, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos – dos mesmos cientistas que em julho passado anunciaram o primeiro resultado sobre o assunto (SUPERINTERESSANTE ano 7, número 12).
Eles agora estão cautelosos. Para Dean Hamer, líder da equipe, a orientação sexual não depende de um mero fator genético – se é que este existe. “A coisa é bem mais complexa”. A socióloga Pepper Schwartz, da Universidade de Washington, reforça e diz que há diferentes tipos de homossexuais. Alguns assumem logo sua condição, mas há os que fazem isso gradualmente. Outros oscilam entre a homo e a heterossexualidade por toda a vida. “Seja ela ditada por fatores genéticos ou culturais, tudo indica que a homossexualidade não é uma escolha consciente”, conclui Pepper. Daí a unanimidade contra possíveis testes para identificar homossexuais pelos genes. “Além de imorais e antiéticos, eles não teriam precisão”, afirma Hamer.