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O passo a passo da morte por desidratação

Conheça cada etapa do que acontece com o corpo quando você morre desidratado. Uma dica: tudo começa com você sentindo sede.

Por Bruno Vaiano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 2 mar 2017, 17h12 - Publicado em 2 mar 2017, 17h08
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  • Na média, 60% do nosso corpo é água. E essa água toda não fica dentro de você por longos períodos: entre cocô, xixi e suor, você perde, por dia, algo entre 2 e 2,5 litros do líquido, o equivalente a mais de 2% da sua massa. É por isso que, conforme o dia passa e você despacha alguns mililitros de si mesmo privada abaixo, vem aquela sede que só água resolve (e não adianta pedir cerveja – bebida alcóolica só aumenta a sede).

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    Quando mais de 5% do seu peso em H20 vai embora, você começa a sofrer de desidratação. No Brasil, ela te mata em quatro dias, mas demora um pouco mais em lugares mais frios. É um péssimo método de emagrecimento. A desidratação é mais ou menos rápida conforme a intensidade das atividades físicas a que você se submete e o quanto você sua por natureza, mas, se for prolongada, te fará bater as botas de qualquer maneira. Entenda abaixo o passo a passo para virar uma uva passa.

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    Estágio 1: sede comum

    O limiar seguro da sede corresponde à perda dos 2% do peso corporal em água, mencionados acima. É o equivalente à vontade de beber água que você sente depois de uma hora de exercício pesado, em um local quente, sem uma garrafa de água por perto.

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    Procure um filtro. Nessa fase, sua temperatura corporal já está mais alta e seus rins liberam menos água para a bexiga, deixando seu xixi mais escuro. Seu cérebro não te deixa passar desse limite — a não ser, claro, que não haja água alguma por perto. Planeje bem sua visita ao Saara.

    Estágio 2: pior que ressaca

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    Quando 4% ou 5% do seu peso em água foram embora, quase não há mais água para suar. É bom lembrar que o suor não existe só para te obrigar a usar desodorante: ele é uma espécie de ar-condicionado natural. Sem ele, você sobreaquece, como um motor sem radiador. Nessa altura do campeonato começa a dor de cabeça, e tomar um analgésico só vai impedir seu cérebro de te avisar que você precisa urgentemente beber alguma coisa. A dor vem acompanhada de uma espécie de letargia: você fica inerte e apático, e perde a concentração.

    Estágio 3: uva passa

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    Quando cerca de um décimo do seu peso tiver ido embora em forma de água, o problema fica realmente sério. “Conforme suas células perdem fluído, sua pele se torna visivelmente seca”, afirma a médica Sarah Reid, especialista em desidratação. “Belisque sua pele e veja se ela volta ao normal rápido. Se demorar, é um sinal de desidratação moderada.” Outros pesquisadores, porém, discordam da médica  para eles, a perda de elasticidade da pele não tem a ver com a desidratação em si, mas com um outro problema, a hipovelemia, que se refere especificamente à perda de água fora das células do corpo. Seja como for, o ideal é não deixar seu organismo chegar neste estágio.

    Estágio 4: pane elétrica

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    Dos 10% em diante, tudo vai ladeira abaixo. A enorme quantidade de água perdida levou junto boa parte de seus eletrólitos, as partículas eletricamente carregadas que são essenciais para seu cérebro mandar comandos para o resto do corpo. Você já está visivelmente ressecado e desorientado. Beber muita água ou isotônico em uma tacada só te fará vomitar e tornará a situação ainda pior — a reposição precisa ser lenta e gradual. Sua pressão sanguínea já está baixa, e seus rins não conseguem mais filtrar muita coisa.

    Estágio 5: morte

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    Você pode morrer pelo sobreaquecimento de órgãos vitais ou pela enorme concentração de substâncias tóxicas no seu sangue que não estão mais sendo diluídas e eliminadas por meio da urina — qual problema fará a diferença primeiro depende da temperatura do ambiente. É quase impossível sobreviver a uma perda de mais de 20% do corpo em água. Há casos de triatletas que perderam essa quantidade de água em só duas horas de atividade física extremamente intensa — prova de que o tempo passado sem água não é uma régua confiável para decidir quando você deve beber o próximo copo.  

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