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O porco transgênico

Depois da soja e do milho, vêm aí os animais geneticamente modificados. Conheça a história do porco mutante - e saiba porque ele pode chegar ao seu prato um dia

Por Salvador Nogueira
Atualizado em 31 out 2016, 19h01 - Publicado em 26 set 2013, 22h00

Ele se chama, apenas, “porco 26”. É branquelo, esfomeado, gordo, idêntico a um porco comum. Exceto em seu âmago: o DNA. O animal é o primeiro porco geneticamente modificado do mundo. Ele nasceu no Instituto Roslin, no Reino Unido, a mesma instituição que em 1996 criou a ovelha clonada Dolly, e tem uma característica especial entre os porcos – é imune à febre suína africana. Essa doença, que é causada por um vírus altamente letal, surgiu na África, onde os animais acabaram criando resistência a ela. Mas, no resto do mundo, os porquinhos não têm imunidade – e, por isso, a febre suína vive causando estragos na criação suína (desde 2007, houve surtos em países como Rússia, Armênia e Irã).

Os cientistas usaram uma nova técnica para “editar” um gene do porco 26, que graças a isso ganhou resistência à doença. Eles pegaram um óvulo fecundado e injetaram nele substâncias que cortam e emendam o DNA em pontos extremamente específicos. O procedimento não envolve clonagem, e tem taxa de sucesso de 10% a 15%. Ou seja: em cada ninhada de dez porcos, pelo menos um ganha a mutação correta, que será transferida aos seus descendentes, produzindo uma geração imune à doença.

A técnica mostra, pela primeira vez, que é possível eliminar uma doença suína sem alimentar os animais com antibióticos, uma prática polêmica, mas comum na criação de suínos. “Nós nos livramos da resistência a antibióticos”, diz o virologista Bruce Whitelaw, líder da pesquisa. Talvez os porcos do futuro sejam todos orgânicos – e transgênicos.

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