O que eram aquelas máscaras usadas por japoneses e coreanos na Copa do Mundo?
Em volta do nariz, há ainda uma camada de plástico duro, para amortecer o choque com a bola ou com o cotovelo de um adversário não muito amistoso.
Fabio Volpe
Elas servem de proteção para um nariz fraturado, que foi o que ocorreu com os zagueiros Miyamoto, do Japão, e Kim Tae Young, da Coréia, na última Copa. Feita de neoprene, aquela borracha usada em roupas de mergulho, a máscara fica presa na parte de trás da cabeça por tiras de velcro – sendo que a flexibilidade de ambos os materiais permite ajuste perfeito ao rosto. Em volta do nariz, há ainda uma camada de plástico duro, para amortecer o choque com a bola ou com o cotovelo de um adversário não muito amistoso. “A grande vantagem é que, além de proteger bem a região, ela é bastante leve, não causando incômodo ao atleta”, afirma o otorrino Eduardo Dolci, da Sociedade Brasileira de Rinologia, em São Paulo. Normalmente, um jogador que fratura o nariz precisa ficar, no mínimo, dez dias parado para não comprometer o processo de cicatrização com uma nova contusão no mesmo local. Com a proteção, o retorno pode ser antecipado.
Young, por exemplo, entrou em campo apenas quatro dias após ter fraturado o nariz em plena Copa. Para usar a máscara, porém, o jogador precisa da autorização do árbitro da partida. Apesar de o acessório nem ser tão novo assim – já existe nos Estados Unidos há mais de um ano –, ele surpreendeu não só os torcedores como também o médico da Seleção Brasileira, José Luís Runco: “Nunca tinha visto isso, só conheci na Copa.”