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Para cada caso de coronavírus no Brasil, devem haver outros 15 não rastreados

Quem estabeleceu a estimativa foi o presidente do Hospital Albert Einstein. Se estiver correta, mais de seis mil brasileiros podem já estar com o vírus.

Por Carolina Fioratti
Atualizado em 25 mar 2020, 14h26 - Publicado em 19 mar 2020, 15h27

A última atualização do Ministério da Saúde, publicada nesta quinta-feira (19), aponta 428 casos confirmados de Covid-19, quatro mortes e mais de 11 mil suspeitas da infecção. Mas projeções do hospital particular Albert Einstein, em São Paulo, apontam que, para cada confirmação, há outros 15 pacientes sem diagnóstico.

A estimativa foi feita pelo médico-cirurgião Sidney Klajner, presidente do hospital, em entrevista ao Estadão. Se a conta estiver correta, teríamos agora 6.420 brasileiros carregando o vírus SARS-CoV-2.

Os serviços de saúde enfrentam a subnotificação, ou seja, não têm registro de todos os casos. Além disso, há pessoas que são assintomáticas e podem passar o vírus adiante sem nem mesmo saber que foram infectadas. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem recomendado aos países como principal método de prevenção o distanciamento social.  

Para evitar a superlotação de hospitais e garantir o atendimento de todos, os serviços de saúde só estão realizando o diagnóstico da Covid-19 em casos de orientação médica. Por isso, é recomendado que procure um médico apenas se apresentar complicações respiratórias ou se enquadrar nos grupos de risco: idosos, doentes crônicos (como hipertensos e diabéticos), asmáticos, fumantes e imunossuprimidos.

Já aqueles com sintomas semelhantes a gripe comum, tosse, febre e coriza, devem ficar em quarentena em suas próprias casas. 

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O teste utilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é o PCR, que leva apenas alguns dias para informar o resultado. Ele funciona da seguinte maneira: o RNA do vírus é convertido em DNA complementar. Daí, retira-se um pedaço da sequência obtida. Esse pedaço é ampliado para, então, observar se esse conteúdo molecular é igual ao do vírus.  

O Hospital Albert Einstein realiza o PCR nos pacientes indicados pelo valor de R$150. Cerca de duas mil pessoas foram testadas nos últimos dias. Acredita-se que o pico da doença ocorrerá daqui a duas semanas, no início de abril.

A propagação do novo coronavírus ocorre por gotículas. Caso uma pessoa saudável encoste em lugares em que alguém infectado espirrou, tossiu ou colocou a mão sem higienizar, e depois leve sua própria mão ao rosto, ela fica suscetível a adoecer. Por esse motivo, é imprescindível lavar as mãos com água e sabão regularmente, além de higienizar objetos pessoais.  

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