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Para onde vão o xixi e o cocô do bebê na barriga da mãe?

Um embrião não tem muita sujeira para excretar – sobretudo até a 16ª semana.

Por Artur Louback Lopes
Atualizado em 20 fev 2020, 15h04 - Publicado em 18 abr 2011, 18h47
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  • Embora o embrião produza uma meleca escura no intestino, não dá para dizer que isso é cocô, afinal o embrião não come, portanto, não produz fezes. Já o xixi é solto livremente na bolsa amniótica (que envolve o embrião). Na verdade, essa urina fetal é o que compõe a maior parte do líquido amniótico e, portanto, é fundamental para o crescimento saudável do bebê.

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    Mas não pense que ela é parecida com a nossa urina: quase 100% da urina fetal é água. O motivo é simples: o embrião não tem muita sujeira para excretar, primeiro porque não se alimenta como nós e segundo porque os metabólitos (principalmente uréia, sódio e creatinina, que também fazem parte do nosso xixi) são enviados para a mãe, via cordão umbilical, e excretados por ela. O embrião só consegue urinar a partir da 16ª semana, quando seus rins ficam maduros para filtrar o sangue enviado pela mãe – separando oxigênio, glicose, sais minerais e vitaminas dos tais metabólitos (que não servem para nada).

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    Um pouco mais tarde, por volta da 25ª semana, as células do intestino produzem uma secreção escura, chamada mecônico, que cobre as paredes do intestino para evitar que elas se colem. Algumas vezes, no final da gravidez, o embrião pode soltar esse mecônio no líquido amniótico, o que pode ser perigoso quando o bebê nascer e der a primeira respirada (na barriga da mãe, todo o oxigênio vem pelo cordão umbilical): se o bebê aspirar o líquido com mecônio, pode contaminar seus pulmões e desenvolver uma pneumonia.

    Por isso, antes de cortar o cordão, os médicos aspiram o líquido que cobre o nariz e a boca do recém-nascido. “Além disso, soltar o mecônio é sinal de que o intestino do embrião está mais vascularizado do que o normal e, por isso, ele pode estar sofrendo”, diz a obstetra e ginecologista Carolina Carvalho, da Unifesp.

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    Se, durante o pré-natal, os médicos constatam que o líquido amniótico está escuro, o parto pode ser antecipado. Nesse caso, eles podem dizer aos pais que “o bebê fez cocô dentro da barriga da mamãe” para facilitar a explicação, mas, que fique claro, isso não é cocô!

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    Veja como um “grão de feijão” se transforma num bebê

    5ª semana de gravidez

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    O embrião atinge 5 mm (um grão de feijão) e, com esse tamanho, ele já precisa ter o “kit básico”: um coração rudimentar, os brotos dos braços e pernas e o tronco cerebral (estrutura do cérebro que controla os batimentos cardíacos)

    9ª semana

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    Com cerca de 3 cm e 10 gramas, o embrião começa a sentir os primeiros estímulos cerebrais, o que, segundo muitos cientistas, já permite que ele sinta dor. Nessa altura do campeonato, ele já tem dedos e órgão genital diferenciado

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    16ª semana

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    25ª semana

    Por volta do quinto mês de gravidez, o feto completa a estrutura mínima para viver fora da barriga da mãe. O que determina isso é a formação do pulmão: mesmo se nascer prematuro, já pode respirar sozinho.

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