Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Quarentena em países da Europa pode ter evitado 3 milhões de mortes

É o que estima um novo estudo, que analisou a eficácia das medidas de distanciamento social durante a pandemia de Covid-19 em 11 países.

Por Guilherme Eler
Atualizado em 9 jun 2020, 21h15 - Publicado em 9 jun 2020, 21h06

Até o início de maio, as medidas de isolamento social tomadas na Europa durante a pandemia de Covid-19 pouparam pelo menos 3,1 milhões de vidas. Além disso, as intervenções de governos locais impediram que o número R0 – que mede a quantidade de pessoas que um único infectado pelo novo coronavírus pode contaminar – fosse 81% maior. 

É o que revelou um estudo conduzido por pesquisadores do Imperial College, da Inglaterra, que considerou dados de 11 países europeus e foi publicado na revista científica Nature.

Cientistas da mesma universidade já haviam estimado que, até 31 de março, o número de vidas “poupadas” pelas medidas de isolamento na Europa era de 59 mil. Mas as coisas escalaram rápido no continente – e no mundo.

Até o dia 4 do mês passado, entre 12 e 15 milhões de pessoas foram infectadas pelo Sars-CoV-2 só na Europa. Quase 129 mil morreram de Covid-19. E poderia ter sido pior se os governantes não interviessem, impondo medidas mais rígidas durante a pandemia.

Continua após a publicidade

Apenas na França, onde cerca de 23 mil pessoas morreram de Covid-19, o lockdown foi responsável por impedir 690 mil novos casos. A vice-liderança fica com a Itália, que deixou de ter pelo menos 630 mil infectados, segundo o modelo de previsão dos cientistas. Alemanha (com 560 mil casos a menos), Reino Unido (470 mil) e Espanha (450 mil) completam o top-5 . Os demais países analisados no estudo foram Bélgica, Áustria, Suíça, Dinamarca, Suécia e Noruega.

É curioso observar que, nessa relação, há desde exemplos positivos, como Alemanha, Suíça e Noruega, até aqueles países que demoraram a pegar no tranco e apertar as medidas de contenção da pandemia – como Itália, Espanha e Suécia.

Continua após a publicidade

Entre as medidas que serviram para que esse número fosse possível estão o isolamento de pessoas infectadas, fechamento de serviços públicos (como escolas, por exemplo), a proibição de eventos com grande aglomeração e, principalmente, a quarentena voluntária – leia-se ficar em casa e só sair quando era extremamente necessário.

Passada a primeira onda de infecções, alguns países europeus já estudam retomar certos serviços não essenciais, permitindo pequenos eventos e o funcionamento de bares e restaurantes, por exemplo.

Apesar do resultado inicial favorável, o estudo pontua que menos de 4% da população dos 11 países analisados contraiu Covid-19. Isso significa que o conceito de imunização de rebanho, em que grande parte da população contrai o vírus e, uma vez imune, pode continuar vivendo normalmente, está longe de ser uma realidade.

Continua após a publicidade

Afrouxar demais – e antes da hora – as medidas de distanciamento social pode fazer com que uma segunda onda de casos surja – algo que aconteceu em países da Ásia, por exemplo, que “achataram a curva” antes de nações do ocidente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.