É largamente difundida – e aceita – a tese de que o estado de espírito do paciente influencia na recuperação de doenças. Em Fortaleza, essa teoria é levada tão a sério que um centro de saúde montou uma sala só para sessões de videokê e outras atividades divertidas. Casos de depressão, estresse e diabete vêm sendo tratados com muitas risadas, várias vezes ao dia. A técnica é rir alto e, em alguns casos, gritar em grupo durante um período. Os médicos acreditam que o riso ajuda também no tratamento de ansiedade e hipertensão. Como? Ao movimentar os 40 músculos da cabeça e do pescoço no ato de rir, a circulação sanguínea e a respiração se aceleram, aumentando a oxigenação de todo o organismo e liberando descargas de adrenalina e endorfina, substância que proporciona um efeito analgésico e terapêutico e pode ser usada em casos de alergia, cefaléia e artrite. O psiquiatra Willian Fry, da Universidade de Stanford, na Inglaterra, é fiel adepto da terapia do riso e tem uma receita na ponta da língua para os céticos. Na opinião dele, todos nós deveríamos rir pelo menos 100 vezes durante o dia. Os efeitos, garante o médico, são tão benéficos para o organismo quanto praticar remo por 10 minutos.