Uma molécula impostora contra a gripe
Pesquisadores australianos conseguem sintetizar uma molécula que impede a reprodução em ratos do vírus causador da gripe.
Pesquisadores australianos sintetizaram uma molécula que impede a reprodução em ratos do vírus influenza, causador da gripe. Há cerca de seis anos descobriu-se que, por mais que passe por constantes mutações, o perfil do Viruá conserva uma cavidade em certa enzima de sua superfície. Essa espécie de bolso se encaixa nas moléculas do ácido chamado siálico das células e assim o vírus pode infectá-las para se reproduzir. Uma molécula muito parecida com a do ácido siálico ocuparia as cavidades do vírus e, então, este não conseguiria aderir ás células, explica o bioquímico Hélio Takahashi, da Escola Paulista de Medicina.
Todas as substâncias experimentadas com essa finalidade tinham o inconveniente de serem rapidamente eliminadas pelo organismo antes de afetar o vírus. Os australianos, porém, conseguiram uma molécula sintética que resiste algumas horas. Se não bloqueia o vírus para todo o sempre, a molécula sintética que resiste algumas horas. Se não bloqueia o vírus para todo o sempre, a molécula impostora, enquanto dura, oferece um tempo maior ao sistema imunológico para preparar munição pesada. Por isso, segundo os cientistas, um remédio à base da nova molécula poderá reduzir drasticamente os desconfortáveis sintomas da doença.