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Mona Lisa: como funciona a proteção de grandes obras de arte?

O quadro de Da Vinci foi atacado com sopa em uma manifestação, mas não sofreu danos. Conheça os mecanismos que protegem as pinturas em museus.

Por Leo Caparroz
Atualizado em 29 jan 2024, 16h09 - Publicado em 14 out 2022, 19h05

Neste domingo (28), a Mona Lisa sofreu um ataque: duas ativistas de causas ambientais passaram pela barreira de segurança do museu e atiraram latas de sopa no quadro. Guardada no Museu do Louvre, em Paris, a obra de Da Vinci é uma das peças de arte mais famosas do mundo. Ela é considerada de valor inestimável e, graças a um vidro blindado, não sofreu danos.

Não é a primeira vez que algo do tipo acontece. Em outubro de 2022, duas ativistas do grupo “Just Stop Oil” jogaram sopa de tomate na obra “Girassóis”, de Van Gogh. O ato faz parte de uma série de protestos para atrair atenção ao impacto dos combustíveis fósseis para a crise climática. O quadro, exposto na London’s National Gallery, tem valor estimado em 84,2 milhões de libras (R$ 506 milhões).

Em nota na época, o museu declarou que “houve danos menores à moldura, mas a pintura permaneceu ilesa”. Ela estava protegida por um vidro e, por isso, não foi danificada.


Obras de arte são alvos comuns de ataques. No final de maio de 2022, um homem fantasiado atirou um pedaço de bolo na Mona Lisa. Mas assim como Girassóis, ela estava protegida por um vidro e não foi danificada.

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Elas também estão sujeitas a acidentes. Em 2015, um menino abriu um rasgo em uma pintura do século 17, feita pelo italiano Paolo Porpora. O garoto tropeçou e, acidentalmente, acertou a obra.

Afinal, como os museus garantem a proteção delas? 

Ativistas jogam molho de tomate na obra Girassóis, de Van Gogh.
O quadro “Girassóis” foi atacado em uma manifestação em 2022, mas não sofreu danos graças aos mecanismo de proteção. (Just Stop Oil/Divulgação)

Linhas de defesa

Um grande dilema vivido pelos curadores é garantir que as obras estejam seguras, mas também proporcionar uma boa experiência aos visitantes. É uma balança entre a preservar a integridade das obras e a estética de galeria de arte. Mas alguns cuidados não podem ser renegados.

Vidraças são só uma das muitas artimanhas que protegem as obras. A barreira protege contra raios ultravioleta e ameaças físicas — o vidro da Mona Lisa, por exemplo, é à prova de balas. 

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Além disso, algumas obras são confinadas em caixas especiais, com controle climático para protegê-las de temperaturas extremas e da umidade do ar, que influenciam na integridade da pintura.

Como forma de precaução, alguns museus colocam limites de aproximação das obras – com cordas, barreiras ou até mesmo sensores. Assim, as obras são mantidas fora do alcance de mãos sujas e do calor e suor naturais do corpo.

Museus também investem em proteção contra desastres como furacões e incêndios. O fogo em si não é o único problema — ele pode, obviamente, queimar as pinturas, mas o calor, a fumaça e até os químicos usados para conter as chamas podem fragilizar a obra. Paredes revestidas de material à prova de fogo são comuns.

 Algumas instituições também adotam ventilações para expulsar a fumaça do prédio; outras, como o Getty Center, em Los Angeles, têm portas capazes de selar as regiões do edifício e conter o fogo. O uso de aspersores, aqueles dispositivos no teto que jogam água, é, geralmente, um último recurso.

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