Jack, o Estripador, o serial killer mais famoso da história
O serial killer mais conhecido de todos os tempos mandava órgãos de vítimas para a polícia pelo correio e foi batizado pela imprensa
As histórias mais macabras dos serial killers
Número 02 | Todas as outras
Ele tinha o hábito de fazer cortes profundos nas gargantas das vítimas, na face e na área genital, incisões no abdômen e extração de órgãos internos. Todas eram prostitutas. Uma mulher sofreu um corte da mandíbula até a coluna vertebral. Outra teve removidos os seios, a vagina e o coração. Uma terceira perdeu o útero e o rim – órgão enviado para a polícia em uma carta. O matador zombava das autoridades com cartas aos jornais, gabando-se de seus feitos. Mas várias delas foram enviadas por farsantes. O nome do assassino, Jack, surgiu graças à assinatura de uma dessas correspondências, mais tarde atribuída a um jornalista preocupado em aumentar as vendas do jornal em que trabalhava. A imprensa fez uma ampla cobertura dos casos no fim do século 19, contribuindo para a construção de um mito. Jack se tornou o serial killer mais famoso de todos os tempos.
A polícia britânica nunca conseguiu precisar o número exato de mortes, porque a violência contra as prostitutas era grande nas periferias de Londres. O que norteia as autoridades nas cinco mortes de prostitutas atribuídas a Jack é a semelhança das execuções: na madrugada, nos cortiços de Whitechapel, distrito de Londres, no ano de 1888, com cortes. Segundo as investigações, Jack seria um homem quieto, de meia-idade e bem-vestido. Provavelmente, tinha conhecimentos médicos ou era açougueiro, devido à precisão nas incisões e extração dos órgãos.
Mais de 2 mil pessoas foram entrevistadas, 300 foram investigadas e várias foram detidas. Mas ninguém foi efetivamente indiciado. O capítulo mais recente deste mistério foi apresentado em 2014, com a publicação do livro Naming Jack The Ripper (sem edição no Brasil), para o qual, Jack seria o imigrante polonês Aaron Kosminski, 23 anos, que trabalhava como barbeiro em Londres. A alegação foi feita com base no DNA encontrado no xale de uma das vítimas. Mas a tese perdeu credibilidade quando outros cientistas avaliaram o teste e apontaram erros básicos na análise da amostra. E o caso segue aberto.
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