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Os passaportes mais (e menos) poderosos do mundo

Os brasileiros podem entrar em 170 países sem apresentar visto. Veja o ranking dos países com mais acessos ao redor do globo.

Por Maria Clara Rossini
19 abr 2023, 17h14

Passar as férias no México, Alemanha ou Rússia envolve menos burocracia do que viajar para os Estados Unidos, Japão ou Austrália. Esses três últimos exigem visto de turista para visitantes brasileiros – o que pode dificultar consideravelmente o planejamento da viagem. Em São Paulo, a fila de espera para tirar visto para os EUA chega a 544 dias, devido à demanda reprimida durante a pandemia. 

Cidadãos do Japão ou Singapura não têm essa preocupação, já que seus documentos dão acesso a 193 países – sem necessidade de visto algum. Esses dois são considerados os passaportes mais poderosos do mundo. Logo depois vem a Coreia do Sul, que entra em 192 países sem visto; e a Alemanha, Itália e Espanha, com acesso a 191 nações.

Todos os anos, a companhia de imigração Henley and Partners faz um ranking dos passaportes com mais acessos pelo mundo. Em 2023 o Brasil ficou em 21º lugar, podendo entrar sem visto em 170 países. Nós dividimos essa posição com San Marino, uma micronação de 61 km² incrustada na Itália. Veja as principais colocações abaixo.

Infográfico mostrando os passaportes mais e menos poderosos do mundo.
(Arte/Superinteressante)

No topo…

Os primeiros lugares no ranking são ocupados por países da Ásia e Europa. O primeiro que foge desse eixo é a Nova Zelândia e Estados Unidos, que aparecem em sétimo lugar. 

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Cidadãos do Japão, EUA e Austrália ganharam o direito de entrar no Brasil sem visto em 2019, com a intenção de aumentar o turismo no país. A decisão foi unilateral – ou seja, esses países continuam exigindo o visto para visitantes brasileiros. 

Em 2023, o Brasil voltará a exigir visto desses países. O governo Lula afirma que não houve crescimento significativo na entrada dessas nacionalidades após a mudança, e que a necessidade do visto não deve impactar o turismo. A decisão passa a valer a partir de outubro.

… e no fosso.

O poder de um passaporte é um bom reflexo das condições geopolíticas em que o país se encontra. O último lugar do ranking vai para o Afeganistão, que encontra-se sob governo talibã desde o fim da Guerra do Afeganistão e saída das tropas americanas, em 2021. Logo depois vem o Iraque, que vive instabilidade política e econômica desde a Guerra do Iraque; e a Síria, que está em guerra civil desde 2011. Paquistão, Iêmen e Somália também possuem guerras em curso.

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Sobe e desce

O Brasil caiu duas posições em relação a 2022, quando estava em 19º lugar. Não perdemos acesso a nenhuma nação – o motivo da queda é a movimentação nas posições de outros países.

O país que mais cresceu no ranking desde 2013 foram os Emirados Árabes Unidos. Há dez anos, os cidadãos emiradenses (sim, esse é o gentílico do país) podiam entrar em 72 nações sem apresentar visto. Hoje, eles já têm esse privilégio em 178 países. Colômbia e Ucrânia também cresceram significativamente, de 63 para 133, e 77 para 144 países, respectivamente.

Na ponta oposta, os países que mais caíram no ranking nos últimos 10 anos foram Síria e Iêmen. Em 2013 os sírios podiam entrar em 39 países sem visto, enquanto hoje são apenas 30. Já os iemenitas caíram de 43 para 34 países.

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