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Quem foi Marielle Franco, a vereadora executada no Rio

A quinta vereadora mais votada da cidade era uma voz em ascensão na defesa dos direitos humanos. Morreu executada a tiros no centro do Rio

Por Pâmela Carbonari Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 mar 2018, 15h47 - Publicado em 15 mar 2018, 14h21
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  • Vereadora eleita com 46 mil votos pelo PSOL, negra, mãe solteira, 38 anos, socióloga, lésbica, criada no Complexo da Maré. Marielle Francisco da Silva era uma líder política defensora dos direitos humanos. Ela se opunha à violência da Polícia Militar e à intervenção federal nas comunidades cariocas. Na noite de ontem, 14, ao deixar um evento sobre a atuação de mulheres negras na política, Marielle foi executada com quatro tiros, na rua Joaquim Palhares, no centro da capital fluminense. Os assassinos não levaram nenhum pertence dela, nem do motorista, Anderson Pedro Gomes, do carro em que estavam – ambos foram mortos no local.

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    Marielle era relatora da comissão da Câmara dos Vereadores que fiscaliza a atuação da intervenção federal nas favelas. Na última semana, ela denunciou casos de abuso de violência policial no bairro de Acari, no Rio.

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    Em 14 meses de mandato, Marielle apresentou 13 projetos de lei. Saúde da mulher foi uma das pautas mais defendidas por ela. “Se é Legal, tem que ser Real” era o nome de um projeto para informar mulheres sobre as situações em que fazer aborto é está dentro da lei, como anencefalia e estupro. Ela também pretendia criar o Dossiê da Mulher Carioca, que reuniria informações sobre violência de gênero na cidade. Outro projeto de destaque sugeria a criação do “Espaço Coruja”, um local onde mães e pais pudessem deixar seus filhos para estudar ou trabalhar à noite – ela mesma engravidou aos 18 anos e só conseguiu retomar os estudos dois anos depois.

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    Em setembro do ano passado, Marielle conseguiu aprovar um projeto de lei para a construção de novas casas de parto e centros de parto normal atrelados a hospitais para atender mulheres grávidas e no período pós-parto. Seu trabalho mais recente, que ainda não entrou em tramitação, pretende valorizar o funk carioca como movimento cultural.

    Ontem, durante o evento com outras mulheres negras, Marielle mencionou que decidiu se dedicar à luta pelos direitos humanos após ingressar em um curso pré-vestibular comunitário. Ela se formou em Sociologia pela PUC-RIO com bolsa integral e fez mestrado em Administração Pública pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Sua dissertação, “UPP: a redução da favela a três letras”, já discutia a complexa relação da polícia nas comunidades.

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    Marielle entrou para a política em 2006, e trabalhou em organizações como a Brasil Foundation e o Centro de Ações Solidárias da Maré (Ceasm). Em parceria com Marcelo Freixo (de quem foi assessora parlamentar), foi presidente da Comissão de Defesa da Mulher e coordenadora da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Marielle deixa uma filha e, como mostra o tweet a seguir, diversas perguntas em aberto:

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