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3 invenções que surgiram para auxiliar pessoas com deficiência – e mudaram o mundo

Telefone, máquina de escrever, autocorretor: todos eles nasceram para facilitar a vida de quem mais precisava.

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 16 jan 2020, 14h53 - Publicado em 3 dez 2018, 20h03
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  •  (wikimedia commons/Superinteressante)

    Telefone

    A patente do telefone, dada ao inglês Alexander Graham Bell, veio após anos e anos de estudo dos sons. A mãe do inventor ficou surda muito jovem, e seu pai, Alexander Melville Bell, professor de elocução e instrutor de surdos, criou algo chamado “fala visível”: um conjunto de símbolos que demonstravam as posições e os movimentos da garganta, língua e lábios quando usados para produzirem sons. Melville Bell queria que seus alunos (e sua esposa) aprendessem a se expressar, ou melhor, falar, mesmo sem ouvir perfeitamente.

    Foi por causa do “visible speech” que o jovem Graham Bell começou a desenvolver seu estudo sobre transmissão a distância de sons usando a eletricidade. Primeiro, ele testou apenas o envio de notas musicais – uma espécie de “telégrafo musical” — e, depois de comprar um protótipo do italiano Antonio Meucci (hoje, também creditado como inventor do telefone), conclui testes para transmitir a voz humana. Graham Bell patenteou o telefone em 1876, e em 1877 ele criou a Companhia Telefônica Bell.

    Máquina de Escrever

    A primeira patente de que se tem notícia para uma máquina de escrever foi dada, pela rainha da Inglaterra, ao engenheiro Henry MiIl, em 1714. Mas, o inventor da primeira máquina de datilografia mecânica que comprovadamente funcionou (e possui cartas preservadas para atestar) foi o italiano Pellegrino Turri, em 1808.

    Estudiosos acreditam que a inspiração para a engenhoca vem de uma história de amor: a máquina de escrever seria uma maneira de fazer a condessa Carolina Fantoni da Fivizzono, amante do inventor, voltar a escrever sozinha, algo praticamente impossível depois de ela ter ficado cega — e não conseguir mais redigir cartas a mão. Usando a máquina, bastaria ela decorar a posição das letras para poder escrever, assim, ela poderia se comunicar (sem a ajuda de interventores) com seu amado.Também é atribuído ao italiano a invenção do papel de carbono, que serviu de tinta para as primeiras máquinas de datilografar.

    Autocorretor

    O sistema de autocorreção do teclado (“word predicction”) hoje salva milhões de usuários de cometerem gafes ortográficas. Mas sua intenção original era outra: fazer pessoas surdas usam os celulares.

    Em 1988, após décadas de desenvolvimento, um teclado totalmente funcional ao sistema de texto foi patenteado por Roy Feinson. Isso veio para potencializar as primeiras ideias de mensagens de texto através do celular: antes delas, o telefone era praticamente inútil para pessoas surdas. Feinson foi um dos pioneiros na tarefa de transformar um telefone comum em uma “máquina de escrever” — nas palavras dele.

    Por exemplo (se você for um pouco mais velho vai lembrar): para enviar a palavra “ola”, o usuário simplesmente pressiona 6 (mno) 5 (jkl) 2 (abc). Naturalmente, como cada número representa até três letras possíveis diferentes, um decodificador de software precisava “traduzir” o texto, o que exigia que um dicionário fosse incorporado a cada telefone. Feinson foi o inventor desse sistema. A ideia de ter um “dicionário” no aparelho capaz de prever o que você quer escrever evoluiu para os autocorretores de hoje.

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