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– (Helena Sbeghen/Estúdio ABC)
Por água, por terra e por ar: os meios de transporte têm evoluído em um ritmo cada vez mais acelerado. Veja, a seguir, as transformações nos meios de locomoção e o que podemos esperar para o futuro:
1/4 Canoa: o potencial da inventividade humana se manifestou há muitos milênios e resolveu um problema importante: como levar as pessoas de um lado para o outro de lagos e grandes rios. Ao desenvolverem as primeiras canoas, há 8 000 anos, esses inventores descobriram que podiam se locomover a grandes distâncias, usando os rios como avenidas- Naquela época, não era preciso muita tecnologia, bastavam um tronco e uma ferramenta para cortar. A diferença estava no conhecimento necessário para saber fazer uma boa canoa, rápida e resistente (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 2/4 Com o passar dos séculos, o sistema de transporte por água se diversificou, mas os modelos sem motor continuaram muito populares – como jangadas e veleiros. Esses modelos aquáticos foram usados por diferentes civilizações para atravessar milhares de quilômetros de oceanos. Mas a viagem sempre dependeu dos ventos (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 3/4 Foi depois de muito esforço, tentativas e erros que surgiu o sistema de locomoção a vapor e, com ele, os primeiros navios e barcos motorizados. Isso só aconteceu há 230 anos. Ainda hoje os navios de diferentes portes usam motores para transportar pessoas, matérias-primas e bens de consumo. A criatividade humana levou à construção de modelos variados, alguns com até 400 metros de comprimento. Também ajudou o desenvolvimento dos submarinos, capazes de passar semanas totalmente submersos, e veículos a motor para uso individual, como os jet skis. Conforme a tecnologia avançou, outras evoluções passaram a ser usadas, seja o monitoramento por satélite ou o desenvolvimento de navios robóticos (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 4/4 Navios robóticos: exemplo da capacidade inventiva e científica do ser humano é o navio robótico, que poderá ser operado remotamente por sistemas inteligentes, que estão em fase de desenvolvimento e vão aumentar a segurança das viagens. Ainda levará um tanto para os famosos cruzeiros de verão serem operados por sistemas robóticos (Helena Sbeghen/Estúdio ABC)
1/6 Carroça: quando surgiu, 4 000 anos atrás, a carroça representou um grande avanço na transformação dos meios de locomoção. Resultado da invenção da roda e da domesticação dos animais, ela passou a permitir transportar cargas muito maiores e percorrer distâncias mais longas num só dia. Embora existam muitos outros meios de locomoção, ela ainda é muito utilizada por pequenos fazendeiros – seja no Brasil ou no Uzbequistão. As viagens de carroça, no entanto, não contam com tantas pessoas quanto o trem (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 2/6 Trem: menos antigo que a carroça, o trem de carga existe há quase 500 anos. Os trilhos garantiam que o veículo andasse a uma velocidade constante e chegasse ao destino em horários regulares. No fim do século 18, foram desenvolvidos os primeiros modelos a vapor, mais rápidos. Demorou quase três séculos para que a inventividade humana alcançasse o ponto em que amplas redes de ferrovias passassem a carregar pessoas com regularidade. Atualmente, os trens rápidos europeus e asiáticos transportam passageiros a mais de 400 quilômetros por hora (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 3/6 Hoje, cidades consideradas desenvolvidas são aquelas que têm uma rede abrangente de trens e metrôs. Esse constante movimento em busca da descoberta de soluções para melhorar a mobilidade impacta e transforma trajetórias de vida. Na Europa e na Ásia, por exemplo, o transporte sobre trilhos é prioritário – e uma das primeiras opções para viagens de longa distancia. Enquanto isso, em cidades como São Paulo, para fugir do trânsito, muitos usam a moto (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 4/6 Moto: criadas em 1885 para dar velocidade às bicicletas, que haviam surgido seis décadas antes, as motocicletas se tornaram um estilo de vida e uma maneira muito prática de circular pelas cidades superlotadas – como São Paulo. No começo do século 21, São Paulo tinha 270 000 motos. Agora, tem mais de 1 milhão (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 5/6 Automóvel: a jornada incansável em busca do conhecimento permitiu o desenvolvimento dos motores de combustão interna, no fim do século 18. Após 100 anos, depois de um intenso processo de pesquisa e testes, eles foram aplicados aos automóveis, que transformaram as cidades ao garantir mobilidade para qualquer lugar, em qualquer horário. A evolução do automóvel foi tanta que, atualmente, eles já têm a capacidade de se conectar com sistemas de inteligência que controlam o tráfego. Também contam com sistemas de localização por satélite, reunidos nos aparelhos de GPS, capazes de orientar sobre a melhor rota em determinado momento (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 6/6 Veículo autônomo: a inteligência artificial desenvolvida pelos humanos fará com que, em mais ou menos 20 anos, os veículos autônomos aprimorem ainda mais essa questão. Eles garantirão a segurança dos passageiros e permitirão que eles ocupem o tempo de deslocamento de novas maneiras – assim como melhorarão o tráfego. Já existem modelos em testes. Logo eles estarão em uma rua perto de você. Vai demorar um pouco mais para serem baratos e circularem em todas as cidades do globo (Helena Sbeghen/Estúdio ABC)
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1/4 Balão: depois dos transportes usados em terra e na água, os meios de locomoção pelo ar vieram para superar desafios. No caso do balão, foi para levar o ser humano a viajar pelo alto. Foram séculos de projetos e tentativas até que surgisse um instrumento capaz de nos carregar pela atmosfera. Mas, com o passar do tempo, a dependência da direção dos ventos transformou o balonismo numa atividade recreativa, e não em uma indústria de transportes. O auge dos balões aconteceu quando criaram os dirigíveis, que voavam a 200 metros do chão a até 130 quilômetros por hora. Existem hoje projetos para retomá-los para viagens curtas. Afinal, eles representam a evolução do balão e são capazes de controlar a direção em que seguem (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 2/4 Avião: seja em viagens de longa ou curta distância, os aviões passaram por inúmeros processos de desenvolvimento tecnológico. Sua criação contribuiu para transformar trajetórias de vida, assim como diminuíram a distância entre as pessoas. Não foi fácil criar um aparelho mais pesado que o ar, e mesmo assim capaz de voar. Foram tantas inovações diferentes que se somaram para chegar aos primeiros modelos bem-sucedidos que até hoje a criação do primeiro avião é disputada (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 3/4 As aeronaves motorizadas são o meio mais utilizado para voar mais alto. Em 2016, por exemplo, 3,7 bilhões de pessoas foram transportadas utilizando companhias aéreas. E os avanços das aeronaves não vão parar por aí... (Helena Sbeghen/Estúdio ABC) 4/4 Futuro: como vimos nos exemplos anteriores, a sociedade se transforma rapidamente, e os meios de se locomover também. Daqui a três anos, pode se tornar realidade o Hyperloop, um sistema tecnológico de cápsulas lançadas dentro de tubos de transporte. A intenção é que ele seja usado em todos os lugares onde a infraestrutura de tubos for construída, começando pelos Estados Unidos: espera-se que as cápsulas consigam viajar a até 1 200 quilômetros por hora. Daria pra fazer São Paulo a Brasília em 50 minutos e São Paulo a Porto Alegre (RS) em praticamente uma hora. O Hyperloop é só um dos exemplos que apontam para o futuro da inventividade aplicada à mobilidade. Nos próximos anos, veremos surgirem sistemas cada vez mais inteligentes, conectados e autônomos, drones para uso pessoal e foguetes capazes de ir ao espaço e retornar em segurança (Helena Sbeghen/Estúdio ABC)
Fontes
Estudos: ICT Maritime Opportunities 2030; Vessels for the Future; Autonomous Vehicle Implementation Predictions – Implications for Transport Planning
Sites: Hyperloop One ; MUNIN – Maritime Unmanned Navigation ; IATA