A primeira foto do Universo
Som do fragor do Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo, é transformado em imagem, com ajuda de um computador.
Um aparelho de rádio, sintonizado na freqüência certa, produzirá um ruído curiosamente persistente, não importa a direção para a qual se vire a antena. A razão é que esse som é o fragor do Big Bang, a explosão que deu origem ao Universo. Passados 17 bilhões de anos, sua energia diluiu-se enormemente, mas ainda é possível ouvi-la, conforme comprovaram, pela primeira vez, os engenheiros Arno Pentzias e Robert Wilson. Em 1964, como funcionários da empresa americana Bell, eles fizeram a descoberta, por ouro acaso, enquanto testavam um novo tipo de antena comercial. Agora, uma das funções do satélite americano COBE, lançado em novembro de 1989, e medir a intensidade desse ruído do céu. É uma informação decisiva: transformada em imagem, com ajuda de um computador, ela confirma, com precisão jamais alcançada, as teorias existentes sobre o nascimento e a evolução do Universo. Ela mostra que ruídos equivale a um fluxo de calor chegando à Terra de todas as direções do espaço, com o valor de -270,415 graus Celsius. São apenas 2,735 graus acima do zero absoluto, com margem de erro de 0,06 grau para mais ou para menos.