Basta olhar bem para notar. Está lá: o halo azulado que envolve a Via Láctea, nas imagens captadas pelo observatório orbital Compton, são raios gama – a mais poderosa forma de radiação eletromagnética (veja acima). Astrônomos americanos, liderados por Dave Dixon, da Universidade da Califórnia, usaram uma nova técnica de análise de imagens para reexaminar as fotos batidas pelo satélite da Nasa no início da década. E viram a auréola de energia. Ela é composta de fótons (partículas de luz) com pelo menos 1 bilhão de vezes a energia de um raio de luz visível. Os astrônomos ainda não detectaram o que possa estar produzindo fenômeno tão violento. A esperança deles é desvendar o mistério por meio dos novos telescópios orbitais observadores de fontes de raios gama.