Manhã do dia 4 de junho no Centro Espacial da Guiana, em Kourou, Guiana Francesa. Depois de um ano e meio de atraso, o lançador Ariane 5, europeu, foi acionado para o primeiro teste prático. De repente, tudo foi pelos ares e a maravilha virou um espetáculo pirotécnico. Veja aqui o que o mundo perdeu: 8 bilhões de dólares da mais moderna tecnologia espacial.
Primeiro a queimar combustível sólido
O motor Vulcain queimava 155 toneladas de combustível líquido, estocado no estágio principal. Os foguetes laterais, de 30 metros de altura, usavam combustível sólido.
Único capaz de manobrar no espaço
Um motor no meio do corpo do lançador deveria ser acionado depois do lançamento. Com isso, o Ariane podia fazer manobras
Recordista na capacidade de carga
O Ariane 5 tinha capacidade para carregar até 6,8 toneladas. No primeiro (e último) vôo, ele levava dois satélites Cluster no principal compartimento de carga, e outros dois no bico.
1 – 9h34min07s
Com todos os motores acionados, o lançador de 50 metros de altura e 750 toneladas de peso começa a ganhar altura.
2 – 9h34min36s
O foguete sobe 3,5 quilômetros, a 857 quilômetros por hora. De repente, balança violentamente. Primeiro suspeito do erro: o computador de bordo.
3 – 9h34min38s:
O desvio de trajetória força e quebra a estrutura. Os técnicos do controle em terra não têm outra solução senão explodir o Ariane.