Cientistas criam hologramas inspirados em Star Wars
Os pesquisadores são fãs da saga – e estão mais perto do que nunca de tornar reais mensagens como a da Princesa Leia
Cientistas da Universidade Nacional da Austrália desenvolveram hologramas capazes de revolucionar câmeras de celular, missões espaciais e, de quebra, permitir a criação de vídeos em 3D como a mensagem de socorro da Princesa Leia em Star Wars.
A inspiração para o estudo, aliás, foi a própria saga: o líder do laboratório, o pesquisador Lei Wang, era fã da série na infância, e começou a desenvolver seu interesse por hologramas vendo os filmes de George Lucas.
O projeto dos cientistas alcançou a maior qualidade de imagem holográfica já produzida e tudo graças ao desenvolvimento de um novo material minúsculo.
Ele é feito de milhões de pilares de silício, 500 vezes mais finos que um fio de cabelo. O nanomaterial transparente é capaz de interagir com a luz perdendo pouquíssima energia, além de ser extremamente leve.
Tudo isso é importante porque as lentes que usamos hoje, seja em câmeras antigas, seja em smartphones e satélites, ainda são feitas de materiais pesados e volumosos. “A tecnologia para fazer esses objetos não mudou em séculos”, os pesquisadores disseram ao site da universidade.
Não bastasse o peso e o tamanho, a tecnologia atual também só dá conta do 2D. Uma foto tradicional, por exemplo, só precisa mostrar a diferenças de intensidade da luz para formar uma imagem. Já a imagem 3D precisa transmitir muito mais informações para formar uma imagem clara.
O nanomaterial, além de portátil, também é capaz de produzir imagens com exatidão. Mas, por enquanto, não dá para mandar mensagens através das galáxias. Os hologramas, mesmo que estejam em HD, tem no máximo 5 mm de largura e só são produzidos em uma cor, usando manipulação de luz infravermelha. O resultado (demonstrado em 2D por aqui) é uma imagem como a deste canguru, só que muito menor:
Os cientistas imaginam aplicações bem amplas para a nova tecnologia holográfica: de realidade virtual à missões espaciais mais baratas graças à diminuição do tamanho e do peso dos equipamentos ópticos das naves. O que não quer dizer, é claro, que eles não adorariam se tornar o correio oficial das missões secretas da Aliança Rebelde.