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Como acabar com haters? A ciência ensina

Novas pesquisas estão encontrando maneiras de acabar com o cyberbullying e os tóxicos trolls da internet. E você tem uma participação fundamental nisso

Por Felipe Sali
Atualizado em 11 jun 2018, 14h48 - Publicado em 11 jun 2018, 14h44

A internet pode ser um ambiente tóxico. As Interações impessoais, o anonimato e as bolhas ideológicas são apenas algumas características que tornam as redes sociais um lugar propício ao cyberbullying, discussões acaloradas e comportamento violento. Depois de sofrer dois ou três ataques do tipo, a jornalista Reene Barnes tentou encontrar soluções para o problema, e compilou o resultado dos seus estudos no livro Descobrindo a Cultura dos Comentaristas Online: Trolls, Fanboys e Lukers, ainda inédito no Brasil. Segundo ela, o caminho para criar uma internet mais segura e agradável pode ser dividido em duas frentes de atuação: o que nós podemos fazer e o que as empresas devem fazer.

Segundo a autora, além de não pensar duas vezes antes de denunciar um crime de ódio, parte da nossa responsabilidade está em entender que as nossas postagens possuem uma influência direta no ambiente online. A regra principal de “não alimente os trolls” é válida nesse contexto: tente não morder a isca e começar uma briga online que não vai te levar a lugar nenhum.

Também precisamos entender com quem estamos falando. Pode parecer simples, mas não é. A pesquisa mostrou que a maioria dos usuários de redes sociais faz postagens imaginando que um público muito diferente vai recebê-las. Frequentemente, imaginamos nosso público-alvo como pessoas com as quais conversamos regularmente offline, mas uma declaração política acalorada que poderia ser apoiada pelos seus amigos e familiares pode soar ofensiva para um ex-colega de trabalho que está esquecido no seu Facebook e também vai receber a atualização. A pessoa que se sentir ofendida por um post seu, mesmo que não seja sua intenção, pode começar a criar a sensação de que a agressividade online é um comportamento comum. Precisamos sempre manter em vista os valores do mundo online, assim como mantemos no mundo offline, defende Barnes.

Educar os jovens também é essencial, segundo a autora, pois é lá que o circo está pegando fogo: quase 70% das pessoas entre 18 e 29 anos sofreram alguma forma de assédio online.

As empresas que lucram com isso também precisam desempenhar um papel importante nesta briga. Principalmente reformulando seu design de interface do usuário, para incentivar a participação daqueles que deixarão comentários positivos e criando barreiras do que estão com más intenções. As políticas de moderação também exercem um papel importante, garante Barnes. Um exemplo positivo citado pela autora do livro foi a Riot Games, responsável pelo jogo League of Legends, que teve grande sucesso criando um tribunal de jogadores capazes de punir usuários envolvidos em comportamento não civilizado.

Podemos dizer que já passamos pela infância da socialização online, marcada pelo Myspace e pelo Orkut. Agora, vivemos uma espécie de adolescência rebelde e desmedida. Se a educarmos com firmeza agora, podemos encontrar uma internet madura e agradável nos próximos anos.

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