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Como o Google flagrou a Microsoft

Empresa montou uma armadilha para provar que estava sendo plagiada pela Microsoft. Deu certo

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 25 Maio 2011, 22h00

Bruno Garattoni e Thiago Perin

O Bing incomoda o Google. O buscador da Microsoft, que foi lançado em 2009, conquistou 17% do mercado americano – e, se for somado com o Yahoo (que também utiliza a tecnologia de buscas da Microsoft), chega a 30,8%. Por isso o pessoal do Google passou a acompanhar o concorrente de perto. E a notar que certos resultados do Bing ficavam cada vez mais parecidos com os apresentados pelo próprio Google. Plágio?

As suspeitas recairam sobre a Bing Toolbar, uma barrinha de ferramentas distribuída pela Microsoft. Esse programa traz atalhos para fazer pesquisas mais rapidamente. E também monitora, com o consentimento do usuário, a navegação: vê no que a pessoa clicou e manda essas informações para a Microsoft, que usa os dados para aperfeiçoar o Bing. Acontece que de vez em quando os usuários da Bing Toolbar também faziam pesquisas no Google. E quando isso acontecia… Bingo. A Microsoft gravava os resultados gerados pelo Google, via em quais deles as pessoas clicavam e incorporava tudo a seu próprio buscador. Plágio.

Em uma manobra digna de filme, os engenheiros do Google criaram uma armadilha para flagrar a Microsoft. Funcionou. O Google conseguiu gerar uma prova de que estava sendo copiado (veja infográfico ao lado). E partiu para o ataque. “Alguns resultados do Bing parecem uma versão velha e incompleta dos nossos”, fustigou o engenheiro Amit Singhal, do Google. A Microsoft respondeu dizendo que, sim, emprega dados colhidos pela Bing Toolbar para melhorar seus resultados – mas que isso é apenas uma das muitas referências que utiliza. “Definitivamente nós não copiamos os resultados de pesquisa do Google”, defende-se Stefan Weitz, diretor do Bing.

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Gato e rato

Entenda o truque aplicado pelo Google

1. A arapuca

Engenheiros do Google criam uma armadilha: a palavra “hiybbprqag”, que não significa nada. Ela é inserida nos resultados das buscas do Google – se alguém digitá-la, obterá um link (que leva a um site criado pelo Google).

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2. A operação

Vinte engenheiros do Google instalam o programa Bing Toobar, da Microsoft, em seus computadores. Sua missão: googlar o termo falso (“hiybbrqag”) e clicar no resultado que aparece na tela. O objetivo é induzir o programa da Microsoft a copiar essa informação.

3. A comprovação

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Vinte dias depois, a palavra maluca aparece nos resultados do Bing, inclusive apontando para o mesmo link. Ou seja: o Bing incorporou uma informação sem sentido, plantada pelo Google – que apresenta isso como prova.

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