Sérgio Gwercman, redator-chefe
Há poucas semanas, meu pai foi seduzido pela promoção de uma operadora de celulares e saiu da loja carregando um smartphone no bolso. Poucos dias depois, me ligou intrigado: “Para que serve esse tijolo que eu nem consigo colocar no modo silencioso?” E lá estava eu explicando que smartphone era um… telefone inteligente, capaz de fazer muito mais do que vibrar em vez de tocar. Ele recebe e-mails, mantém uma agenda de compromissos, tira fotos. Do mesmo jeito que meu pai não sabia o que fazer com o celular novo, a maioria das pessoas que eu conheço usa suas câmeras digitais como se fossem aquelas máquinas fotográficas descartáveis de papel: tiram foto e só. Elas tampouco sabem que o mp3 serve para muito mais do que ouvir música, que o videogame pode ser um computador melhor do que aquele que têm em casa. Os cínicos vão dizer que a culpa desse descompasso tecnológico é dos produtos: são sofisticados demais, têm funções demais. Os arrogantes culparão os usuários, incapazes de se modernizar. Eu acho que ninguém tem culpa de nada. O que acontece é que vivemos num tempo em que a tecnologia se reinventa tão rápido que só alguns poucos conseguem acompanhá-la. Parece que toda vez que nós, mortais, chegamos ao futuro dos eletrônicos, eles já estão muitos passos adiante. Foi para ajudar você a tirar o melhor desses aparelhos – e a se preparar para a próxima geração deles – que fizemos este especial. Há uma série de dicas com tudo que os gadgets têm a oferecer. Há um bloco com 10 tendências para o futuro. E há um guia de compras inteligente como você nunca viu. Para chegarmos lá, tivemos algumas colaborações sensacionais. Fernando Naigeborin e Camila Lisbôa comandaram a equipe de arte. Pedro Burgos e Gilberto Pavoni Júnior editaram os textos. Espero que vocês gostem do trabalho deles. E que este especial seja um marco na sua relação com os eletrônicos.
Um grande abraço.