Física quântica contra o grampo telefônico
Pesquisadores da IBM dos EUA foram buscar no mundo da Física Quântica a idéia para um dispositivo eletrônico de comunicação à prova de escuta clandestina.
Pesquisadores da IBM, nos Estado Unidos, foram buscar no mundo da Física Quântica a idéia para um dispositivo eletrônico de comunicações à prova de escuta clandestina, o chamado grampo. A ligação entre dois usuários se dá através de um cabo de fibra ótica, que transporta informações por meio da luz. Para codificar a mensagem em linguagem binária (0 ou 1), polariza-se os fótons – as partículas que compõem a luz – dando-lhes um sentido horizontal (0) ou vertical (1).
Como essa polarização é feita imprimindo-se uma quantidade ínfima de energia aos fótons, se alguém grampear a comunicação, quem estiver recebendo a mensagem perceberá a interferência, por mais sutil que seja. Pois ela sempre envolverá um acréscimo de energia – e isso, segundo o célebre Princípio da Incerteza, da Física Quântica, bastará para alterar a polarização dos fótons. Resta resolver um macro-problema: que fazer com as estações de retransmissão, que não caberiam nesse sistema, pois os fótons devem fluir sem a menor interferência.