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Hardware – Processador rápido e econômico

Com a evolução dos smartphones, seus processadores já são mais poderosos que os de um PC de 10 anos atrás. O próximo passo é fazer a bateria não deixá-lo na mão

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h47 - Publicado em 16 abr 2011, 22h00

Emerson Kimura

A atenção das grandes fábricas de processadores, como a Intel e a AMD, deixou de ser voltada apenas para laptops e desktops. Cresceu o número de consumidores e a variedade de dispositivos móveis poderosos. Só que, para eles, a velocidade e a capacidade de processamento não são mais importantes que o consumo. Afinal, não adianta fazer várias tarefas em qualquer canto se a bateria acabar.

Portanto, espere encontrar daqui para a frente chips com transistores menores, materiais isolantes mais eficientes, núcleos de processamento múltiplos e o system-on-a-chip (“sistema em um chip”, que reúne cpu e processadores de áudio, vídeo em alta definição e gráficos 3D). Isso permitirá que equipamentos portáteis fiquem não só mais poderosos do que os de hoje como também que suas baterias durem mais. Vai dar para voar na internet, ver vídeos em full HD sem travar, jogar games mais avançados, realizar tarefas mais complexas e executar mais aplicativos ao mesmo tempo, sem você se preocupar em achar tomada.

O mais inesperado dessa evolução é que entrarão no mesmo ringue dois atores que antes estavam longe de competir entre si: os processadores x86, cuja fabricação é dominada pela Intel e pela AMD, e os ARM, adotados por dispositivos móveis. Enquanto estes consomem muito menos energia, os x86 são mais poderosos. Só que isso vem mudando até os dois baterem de frente. E, como em qualquer competição, quem vai tirar o melhor dela será você.


INTEL

• Hoje o processador Atom já é usado na maioria dos netbooks. Sua linha caçula, Atom Z6xx, deve entrar também no mercado de tablets e smartphones, e o CE4100, no de eletrônicos, como tocadores de Blu-ray e TVs. Chegam em 2011.
• Tanto o Z6xx quanto o o CE 4100 têm system-on-a-chip.
• O Z6xx permite que a bateria dure mais de 10 dias em standby, até 2 dias tocando áudio e de 4 a 5 horas de navegação na internet (wi-fi).
• Seu desempenho é 1,5 a 3 vezes superior ao dos atuais smartphones e seus gráficos, de 2 a 4 vezes mais ricos.
• Ele suporta a decodificação de vídeo 1 080 p e gravação de vídeo 720 p.
• O z6xx faz parte da plataforma “Moorestown”, para dispositivos de mão. Embora use processador x86, não roda Windows, diferentemente de versões mais poderosas do Atom. Ponto para Android, MeeGo e Moblin.

AMD

• A grande aposta da AMD, maior concorrente da Intel, é a APU Fusion, que une a cpu (unidade central de processamento) e a GPU (unidade de processamento gráfico). Resultado: mais desempenho, menos energia e custo mais baixo.
• A AMD pode levar vantagem tecnológica em processamento gráfico por ser dona da ATI, líder do mercado de GPUs para placas de vídeo não integradas à placa-mãe.
• A APU Fusion irá para computadores, como desktops, laptops, laptops ultrafinos e netbooks. Deve chegar em 2011.
• Já na categoria de netbooks, dominada pelos processadores Intel Atom, a AMD deve competir com o APU Ontario, com duplo núcleo de processamento.
• Por enquanto, não há previsão para a AMD entrar nos segmentos dos mercados de tablets e celulares. Mas isso pode mudar quando o mercado de tablets começar a amadurecer.

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ARM HOLDING

• Processadores com arquitetura ARM são hoje usados em uma série de dispositivos, como celulares, tablets, e-readers, tocadores de mídia portáteis, consoles portáteis de videogame, câmeras digitais, televisores, roteadores, impressoras, calculadoras e sistemas automotivos.
• Neste ano ou (mais provável) em 2011 serão lançados os primeiros smartphones com chips com processadores ARM Cortex-A9 – que têm versão multicore.
• Entre os produtos com processadores ARM Cortex-A9 já foram anunciados o Nvidia Tegra 2, o Texas Instrument OMAP 4 e o ST-Ericsson U8500 – e dizem os rumores que também as próximas versões do iPad e do iPhone.

VAI CABER TUDO NA BOLSA

Tablets, smartbooks, netbooks e laptops ultrafinos vão preencher o vazio entre o smartphone e o laptop convencional. Eles serão mais possantes que os smartphones, mas mais finos e leves que os laptops. Assim você vai poder trabalhar enquanto viaja, sem se incomodar com o peso – nem com a bateria.

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O smartbook vem com monitor e teclado de netbook, mas seus componentes são de smartphone: conectividade 3G e wi-fi, GPS, processador ARM e um sistema operacional baseado em Linux, como o Android ou o Chrome OS.

O sucesso dos netbooks continuará, agora mais finos. Para isso, usarão a plataforma Oak Trail, da Intel. Ela parece com a Moorestown, mas tem uma grande diferença: é compatível com as versões mais comuns do Windows. Essa é sua maior vantagem em relação aos smartbooks.

Os laptops também vão emagrecer e ficar mais tempo longe da tomada, graças a processadores mais eficientes: Intel Core Ultra-Low Voltage e AMD Athlon Neo e Turion Neo.

E o desktop morreu? Não – mas também espere mudanças. Crescerá a oferta de modelos all-in-one (“tudo-em-um”, com os componentes internos no mesmo gabinete do monitor). O lado bom é a economia de espaço e o ruim, a necessidade de trocar tudo de uma vez, mesmo que o monitor continue bom. Para concluir, as interfaces de toque devem se tornar mais comuns em desktops e laptops. A HP, por exemplo, planeja lançar mais laptops e desktops da linha TouchSmart.

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Internet das coisas
Quando lançaram a geladeira com internet, a ideia não parecia tão genial assim – o máximo que se podia fazer era checar receitas, notícias e informações nutricionais. Mas basta colocar nos alimentos etiquetas de identificação por radiofrequência (RFID) para a coisa ficar muito mais interessante. A geladeira poderá identificar a falta de alguma comida, avisar seu dono, incluir o item na próxima lista de compras e identificar o supermercado onde ele estiver mais barato. Ou, com base em um relatório médico, sugerir os produtos mais adequados à sua dieta. Ou controlar temperatura e consumo de energia automaticamente, identificando as necessidades dos alimentos. E isso é só uma geladeira. Imagine quando, dos atuais 36 bilhões, tivermos 1 trilhão de dispositivos conectados à internet, conforme o previsto pelo futurólogo Dave Evans, da Cisco.

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