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Máquinas não roubarão empregos, diz presidente da Microsoft

Executiva vê a inteligência artificial como aliada de médicos, jornalistas, professores e advogados, mas estimula formação em ciências exatas

Por Lucas Agrela, de Exame.com
4 ago 2017, 12h39
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  • Paula Bellizia, presidente da Microsoft Brasil, tem uma visão otimista do uso da tecnologia e inteligência artificial nas empresas no futuro. Para ela, as máquinas não devem causar um grande impacto no mercado ao ponto de gerar desemprego em ampla escala.

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    “Sou do time que acredita no potencial da transformação. Como ocorreu nas outras revoluções tecnológicas, passaremos por um ciclo em que de fato alguns empregos deixarão de existir, mas outros serão criados”, afirma Bellizia, em um artigo no LinkedIn.

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    Para reforçar seu argumento, ela cita uma análise de pesquisas do Instituto Global de pesquisas da McKinsey, que envolveu 2000 atividades profissionais em 65 países. A constatação é que somente 5% das ocupações conhecidas atualmente têm risco de ser totalmente automatizadas.

    Além disso, ela cita um relatório do Fórum Econômico Mundial que diz que 65% das crianças que estão hoje no ensino fundamental atuarão como profissionais em funções que ainda não existem.

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    Para Bellizia, que ecoa um mantra da Microsoft, a inteligência artificial poderá amplificar o conhecimento humano. “Médicos, jornalistas, professores e advogados do futuro serão profissionais que saberão usar a computação para trabalhar com imensas quantidades de dados fornecidas por máquinas – um conhecimento cujo acesso só se dá graças à tecnologia”, escreve a presidente da Microsoft Brasil. Por dentro do assunto: Acompanhe com a Hekima a evolução da inteligência artificial do século XIV à era Big Data Patrocinado

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    Porém, ela pondera que é preciso que as empresas e o Estado atuem de maneira a minimizar o impacto do avanço tecnológico sobre as funções que têm potencial de automatização, com iniciativas que estimulem a aprendizagem de programação e estímulo para a formação de profissionais das áreas de exatas (ciência, matemática, tecnologia ou engenharia).

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    Apesar do otimismo da executiva, há casos nos quais os algoritmos com redes neurais já roubam empregos. Por exemplo, a inteligência artificial da IBM, chamada Watson, chegou a substituir mais de 30 funcionários de uma seguradora no Japão fazendo análise de risco de clientes.

    Em entrevista a EXAME.com, Rico Malvar, cientista-chefe da Microsoft Research, disse que os aplicativos terão cada vez mais inteligência artificial nos próximos anos. Como também é funcionário da mesma empresa que Bellizia, Malvar também se mostra otimista com relação à aplicação da inteligência artificial nas nossas vidas.

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    “O ideal é que o computador entenda você e não que você tenha que aprender. Às vezes nos perguntamos como realizar alguma atividade no computador, mas é ele que deveria se virar”, declarou o cientista-chefe.

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    Reforçando o entusiasmo dos executivos da empresa, nesta semana, a Microsoft colocou a inteligência artificial como um dos seus principais focos para 2017–e removeu o mobile da estratégia após o fim do Windows Phone.

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    No entanto, segundo um levantamento do site de dados Statista, publicado em maio deste ano, o Google é a empresa que mais comprou companhias de inteligência artificial, enquanto a Apple aparece em segunda, o Facebook fica em terceiro junto com a Microsoft. Além disso, de acordo com o MIT Technology Review, a Microsoft também está atrasada no quesito patentes relacionadas a IA. IBM, Google e Facebook se mostraram à frente da empresa nesse ponto. Com o novo posicionamento estratégico da empresa, é possível que esse cenário mude nos próximos anos.

    Este conteúdo foi publicado originalmente em Exame.com

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