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Mentir, sentir medo e mais 5 coisas que robôs já fazem

Não é só em 'Westworld' que os robôs estão ficando cada vez mais humanos

Por Helô D'Angelo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 15 Maio 2017, 19h07 - Publicado em 7 nov 2016, 15h58

“Vocês não conseguem pintar um quadro”, diz um ser humano para um robô. “Não são capazes de criar uma sinfonia, de fazer arte”. O robô responde: “E você, consegue?”. A cena, do filme Eu, Robô, incomoda porque faz questionar o que, exatamente, significa ser humano – e até onde vai o que entendemos como humanidade. E essa é a pergunta que se repete em qualquer filme sobre o tema: Blade Runner, AI – Inteligência Artificial e, claro, no sucesso mais recente da HBO, Westworld.

Acha que essa dúvida só faz parte da ficção? Não: características humanas já existem nos robôs – eles são capazes de mentir, sentir medo, criar arte e até de assustar você. Conheça as capacidades humanas que já são parte das inteligências artificiais:

1. Mentir

O que poderia dar errado com robôs mentirosos? Para o Google Brain Team, que estuda o tema, nada: esse ano, os caras estavam treinando robôs para mentir uns para os outros como uma forma de proteger dados e informações. Para fazer isso, eles usaram três inteligências artificiais – Alice, Bob e Eve – e programaram Alice e Bob para trocarem informações apenas entre si, sem incluir Eve – a tarefa dela era descobrir, sem ajuda humana, o segredo dos outros dois. Só que deu ruim: Alice e Bob ficaram tão bons nisso que acabaram “mentindo” para os próprios programadores.

2. Sentir medo

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Medo é um sentimento chato, mas extremamente importante para a sobrevivência. É ele que te impede de saltar de um penhasco, por exemplo. Pensando nisso, cientistas da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, bolaram um jeito de injetar medo nos robôs (especificamente nos drones): eles criaram um programa que determina a probabilidade de acontecer alguma coisa com os dispositivos. Quando confrontados com as possibilidades de perigo, os drones param, se reprogramam e seguem outro caminho.

3. Compor músicas

Essa foi culpa da Sony: por anos, a gravadora alimentou um banco de dados com músicas de diferentes ritmos e artistas do mundo todo – ao todo, são 13 mil canções. Daí, a empresa criou uma inteligência artificial chamada Flow Machines, que consegue analisar as músicas do banco e compreender as melhores interações entre estilo, ritmo e voz. Basicamente, o que esse programa faz é criar uma “colcha de retalhos” musical, usando pequenos pedaços e elementos das canções catalogadas pela gravadora. A Flow Machines já criou duas músicas e promete um álbum inteiro em breve.

4. Criar literatura (e vencer concursos de escrita)

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“O computador, dando prioridade à busca pela própria felicidade, parou de trabalhar para os humanos”. É assim que termina o conto “Konpyuta ga shosetsu wo kaku hi” (“O Dia em que um Computador Escreveu um Conto”), escrito por uma inteligência artificial. Tudo bem, ela teve um empurrãozinho de cientistas humanos, que selecionaram palavras e frases que seriam usadas na narrativa – mas a partir daí, o computador fez tudo sozinho. Apesar de não ter levado o grande prêmio, o texto passou na primeira fase do concurso literário Nikkei Shinichi Hoshi, no Japão.

6. Assustar humanos

Em 2016 ano, o MIT criou uma tecnologia bem assustadora: uma inteligência artificial com o apelido Máquina do Pesadelo (fofo, né?), expert em criar medo da forma mais eficiente possível (pra quem viu a última temporada de Black Mirror, é mais ou menos o que acontece no segundo episódio). Embora não tenha implantes no cérebro envolvidos na experiência (ainda bem), o robô do MIT consegue criar diferentes cenários assustadores baseados nos arquétipos de filme de terror e naquilo que nós achamos mais medonho. Mas a Máquina do Pesadelo não é a única capaz de fazer qualquer ser humano molhar as calças: também esse ano, o filme Morgan, um terror sobre inteligência artificial, ganhou um trailer editado por uma inteligência artificial. Bizarro.

7. Imitar personalidades

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Esse talento robótico não parece grande coisa. Mas a personalidade imitada, no caso, era Donald Trump, candidato à presidência dos Estados Unidos – e pior: é bem difícil distinguir o Trump de carne e osso do robótico. Isso porque a inteligência artificial, chamada DeepDrumpf, foi criada a partir de discursos, entrevistas e tweets reais do republicano. Em uma conta no Twitter e em um falso site de campanha, o “robô Trump” tem soltado o verbo daquele jeito exaltado que só o Trump real tem. Embora DeepDrunf não passe de uma zoeira, sua conta no Twitter já tem quase 30 mil seguidores.

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