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O futuro segundo…

O futuro é imprevisível. Vinte anos atrás, o Google nem existia, e ninguém diria que a então moribunda Apple se tornaria a empresa mais valiosa do mundo. Mas, investigando os projetos e as patentes desses gigantes (e de outros), é possível enxergar o futuro que cada um deles imagina - e as consequências que isso poderá ter na sua vida.

Por Bruno Garattoni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 mar 2024, 15h33 - Publicado em 8 dez 2015, 15h15

GOOGLE

Celular eterno
É raro alguém manter um smartphone por mais de três anos. No que depender do Project Ara, do Google, isso vai mudar. Ele é modular, ou seja, dá para atualizar a tela, o processador, a memória, a câmera. É só desencaixar os bloquinhos e trocar por novos. O aparelho começa a ser vendido este ano.

Robôs guerreiros
O Google tem sete empresas de robótica. A principal é a Boston Dynamics, que desenvolve animais como o BigDog, um quadrúpede de carga, e o Atlas, um aterrorizante humanoide de 1,80 m e 180 kg. Vão atuar em guerras. Mas podem ter versões civis – sobretudo se a ONU restringir, como pretende, o uso de robôs em combate. Dá uma olhada:
 

 

 

Lente para diabéticos
O Google tem uma divisão médica que pesquisa soluções para Alzheimer e diabetes, entre outras doenças. Um dos projetos é uma lente de contato que analisa o fluido lacrimal para medir o nível de glicose e avisa a pessoa, por um sinal projetado no olho dela, se é hora de tomar insulina. 

Sem as mãos

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Desde 2011, os carros autônomos criados pelo Google já percorreram 1 milhão de km nos EUA. A empresa é líder nessa tecnologia. E confia tanto nela que, ano passado, criou um protótipo radical, sem volante nem pedais (normalmente presentes como backup). Cem unidades estão sendo fabricadas para testes. 

Distopia genômica
A empresa 23andMe foi criada pela bióloga Anne Wojcicki quando ela era casada com Sergey Brin, inventor do Google – do qual recebeu investimento. A empresa criou um serviço de análise genômica que prevê o risco de 254 doenças. Foi proibido, mas pode ressurgir no futuro. O risco é que o seu perfil genômico vaze, e acabe usado para discriminar você.

Balões de internet
Dois terços da população mundial não tem acesso à internet. O Google quer resolver isso lançando balões meteorológicos, que ficariam a 20 km da superfície e retransmitiriam o sinal de internet (4G). A empresa já está testando os balões, que são alimentados por energia solar. O sinal de cada um cobre uma área de 40 km. 

 

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APPLE

Telas inquebráveis

Segundo uma pesquisa com donos de iPhone, 25% dos aparelhos têm a tela rachada. Deixar o smartphone cair no chão é o grande temor do homem moderno.  Mas a Apple pretende abandonar o vidro e fazer aparelhos com tela de safira, muito mais resistente. Ela já investiu US$ 578 milhões numa fábrica desse material, que já está sendo usado no Apple Watch.

Banco Apple 
O sistema Apple Pay permite pagar compras usando o iPhone ou o Apple Watch. Basta aproximar o celular ou relógio do caixa registrador. Ele já é aceito por 200 mil estabelecimentos nos EUA. Se vingar, será usado em grande parte das transações comerciais no mundo – e a Apple se transformará numa instituição financeira poderosíssima. 

Vício no pulso
O Apple Watch acaba de ser lançado nos EUA. Ainda não se sabe aonde vai chegar, mas é bem provável que seja um megassucesso. E que, daqui a cinco ou dez anos, olhar para o pulso seja um gesto tão comum, e tão compulsivo, quanto hoje é olhar para o smartphone – algo que, segundo um 
novo estudo, já está afetando a postura do ser humano.

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A reinvenção do cool 
No ano passado, a Apple gastou US$ 3 bilhões para comprar a Beats: marca que foi criada pelo rapper Dr. Dre e fabrica os fones de ouvido preferidos de celebridades e jogadores de futebol. É sua aposta para se manter atual e cool – tanto que a Beats prepara um novo serviço de música por streaming (porque baixar música, como no iTunes, já virou coisa de tiozinho). 

Tudo no lixo. Mas reciclado
A Apple integra ao máximo as peças dos seus gadgets. Eles ficam mais finos, mais leves, mais bonitos. Mas não podem ser atualizados, e acabam descartados. No futuro, com o mercado saturado, gadgets obsoletos não terão valor de revenda, e acabarão virando lixo eletrônico – como as TVs de tubo são hoje. 

Ciência em escala global
A ferramenta ResearchKit, da Apple, permite criar apps de pesquisa científica. Já existem cinco, usados em estudos sobre Parkinson, asma e outras doenças. No futuro, os sensores do iPhone e do Watch coletarão dados corporais de milhões de pessoas (com permissão delas) e enviarão para estudos. 

Titã indeciso
A Apple tem contratado gente do setor automobilístico, como engenheiros da Mercedes e da Ford. Segundo o Wall Street Journal, ela já tem centenas de pessoas trabalhando secretamente num carro, o Titan. Seria elétrico e inteligente, com direção robótica, e chegaria em 2020. A incógnita é a qualidade do GPS – os erros do aplicativo Apple Maps são folclóricos.

MICROSOFT

Reator nuclear perfeito
No mundo Microsoft, o destaque são as iniciativas pessoais de Bill Gates. Como o TerraPower: um reator nuclear à prova de falhas. Ele seria movido a lixo nuclear reciclado (reaproveitado das usinas atuais) e funcionaria por até cem anos, sem precisar de manutenção. Seria compacto e não muito caro – cada bairro de uma cidade teria o seu. A meta é criar o primeiro protótipo até 2020. 

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Usina de água autossuficiente
Bill Gates está por trás do Omniprocessor, máquina que transforma esgoto em água potável. Sua diferença em relação aos sistemas de purificação atuais é que ela é autossuficiente, ou seja, usa a energia presente nos próprios dejetos (que são incinerados). O esgoto de 100 mil pessoas gera 86 mil litros de água por dia e eletricidade para 25 mil lâmpadas.
 

 

 

AMAZON

Corrida dos foguetes
O xodó de Jeff Bezos, bilionário dono da Amazon, é a Blue Origin: empresa que está desenvolvendo um foguete espacial. Ele já está em testes, e pode voar ainda este ano. É uma resposta direta à SpaceX, companhia criada pelo empreendedor tecnológico Elon Musk (também dono da montadora de carros elétricos Tesla). 

Drones quitandeiros
A empresa já testa drones entregadores, que levam 25 kg, alcançam 100 km/h e voam a 200 metros de altura (acima dos prédios). Tudo para que o cliente receba seu produto em no máximo 30 minutos. Inclusive verduras: os drones poderão ajudar no Amazon Fresh, serviço de entrega de hortifrútis que já opera em algumas cidades dos EUA.

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SONY

PlayStation über alles

Ele é o produto mais lucrativo da gigante – e, no futuro, poderá ser o único. A Sony já vendeu a divisão Vaio, de PCs, separou o departamento de áudio e vídeo, e pode se desfazer da divisão de smartphones. A ideia é focar no PlayStation, em jogos e conteúdo para ele: como o novo Vue, um serviço de TV paga para PS4.

FACEBOOK

A vida dos outros
Ano passado, o Facebook pagou US$ 2 bilhões para comprar a Oculus, empresa que desenvolve um capacete de realidade virtual. Ele ainda está em versão beta, mas já pode ser usado para jogar e ver filmes. No futuro, permitirá viver experiências virtuais compartilháveis via Facebook – como um protesto na rua ou as férias de outra pessoa, por exemplo.

NSA

E tudo bem escutadinho 


Independentemente de como for nosso futuro tecnológico, uma coisa é certa: será ainda mais monitorado do que já é. Quanto mais tudo se digitaliza e conecta, mais pode ser vigiado. A NSA (superagência de espionagem americana) agradece.

Leia mais: 
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Em resposta a ataques, França prepara megaesquema de monitoramento da internet

 

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