O (possível) retorno dos voos supersônicos
Imagina poder trocar um vôo de 10 horas entre São Paulo e Nova York por uma ponte aérea de menos de 3 horas e meia?
Desde 2003, quando o Concorde fez sua última viagem, não faltam empresas prometendo trazer de volta a aviação civil supersônica.
O Concorde, afinal, tinha um encanto inegável: quem não se interessaria por uma máquina voadora gigante capaz de ultrapassar a barreira do som – deixando para trás um estrondo característico enquanto acelerava até a velocidade tremenda de 2.150 km/h? Por mais impactante que fosse, porém, o Concorde tinha problemas sérios de eficiência e de reputação, entre gastos altíssimos de combustível, um número relativamente baixo de passageiros transportados, acidentes e até problemas com as autoridades.
Empresas como Boeing e Airbus, que dominam 90% do mercado de aeronaves comerciais, nem cogitam se envolver com esse setor. Mas há quem esteja disposto a investir para trazer os supersônicos de volta. A Boom Supersonic acaba de levantar US$ 100 milhões para seguir com seu projeto: um supersônico para 55 passageiros, capaz de voar a 2.700 km/h.
É o bastante para ir de São Paulo a Nova York em 3,5 horas, três vezes mais rápido que um voo direto atual. O avião está prometido para daqui cinco ou seis anos, e uma passagem deve custar o equivalente à classe executiva de uma viagem comum. Interessado? Pode ir guardando uns R$ 12 mil se quiser ir e voltar de NY.