O que é o programa espacial brasileiro?
O objetivo mais ambicioso do programa, o lançamento de um foguete brasileiro, fracassou pela terceira vez em 22 de agosto, em uma explosão que deixou 21 mortos na base de Alcântara, Maranhão. Os acidentes anteriores, em 1997 e 1999, não fizeram vítimas.
Antonio Neto
O Programa Espacial Brasileiro reúne militares, cientistas e técnicos que tentam inserir o Brasil no time de países com domínio da tecnologia para a exploração do espaço. O objetivo mais ambicioso do programa, o lançamento de um foguete brasileiro, fracassou pela terceira vez em 22 de agosto, em uma explosão que deixou 21 mortos na base de Alcântara, Maranhão. Os acidentes anteriores, em 1997 e 1999, não fizeram vítimas.
Os primeiros esboços de um programa espacial surgiram em 1960, quando o então presidente Jânio Quatros instituiu uma comissão de estudos que daria origem, dez anos mais tarde, ao INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Em 1979, o governo instituiu a Missão Espacial Completa Brasileira, que desenvolve tecnologia para satélites. Em 1994, foi fundada a Agência Espacial Brasileira.
Apesar de ainda não ter conseguido lançar seu foguete, o programa guarda alguns méritos. Em fevereiro de 2003, o primeiro satélite brasileiro, projetado e construído pelo INPE, completou dez anos em órbita. O SDC-1, satélite de coleta de dados utilizado na previsão do tempo e no monitoramento dos níveis de rios e represas, chegou ao espaço em um foguete americano. Ele abriu espaço para que outros satélites fossem postos em órbita, sempre “de carona” em veículos estrangeiros. O major da aeronáutica Marcos César Pontes, em treinamento desde 1998, segue como o primeiro candidato brasileiro a astronauta.
Os exploradores espaciais brasileiros têm, contudo, pouca condição de competir com americanos ou russos. A Nasa, agência espacial americana, tem um orçamento de US$ 15 bilhões previsto para 2004. Já o programa brasileiro, de acordo com documentos oficiais, recebeu R$ 500 milhões em recursos públicos de 2000 a 2003. Para o projeto do foguete – o Veículo Lançador de Satélites (VSL) – foram investidos R$ 73 milhões desde 1995. A falta de recursos já havia paralisado, em 2002, a participação do país na construção da Estação Espacial Internacional.
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