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O que são os jogos chamados RPG?

Cada partida exige, no mínimo, duas pessoas, mas não há um limite.

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h36 - Publicado em 31 dez 2001, 22h00

A sigla abrevia a expressão role playing games, que quer dizer “jogos de interpretação de papéis”. O gênero foi criado nos Estados Unidos, no início da década de 70, pelos estudantes de história Gary Gygax e Dave Arneson, e inaugurado pelo jogo Dungeons & Dragons (Catacumbas & Dragões). Em sua primeira versão, a caixa continha apenas três livretos, nos quais um conjunto de regras definia um universo medieval fictício, inspirado nas velhas histórias de cavaleiros andantes, e um grupo de personagens, a serem interpretados pelos jogadores. A mesma fórmula, variando os cenários, logo proliferou em centenas de títulos, protagonizados por seres mitológicos, super-heróis, feiticeiros, robôs, espiões, piratas e todo tipo de aventureiro. Ao contrário dos jogos tradicionais, que obedecem a uma seqüência de tarefas, recompensas e punições predefinidas, um mesmo RPG desenvolve naturalmente roteiros diferentes e de duração imprevista, conforme a interação entre seus participantes.

Cada partida exige, no mínimo, duas pessoas, mas não há um limite. O ideal, segundo os entusiastas, são seis participantes: um mestre, que conduz o jogo, mais cinco jogadores. O RPG tornou-se repentinamente objeto de polêmica no Brasil, por causa do assassinato, ocorrido em outubro do ano passado, da estudante mineira Aline Silveira Soares, de 18 anos, supostamente motivado por um jogo do gênero. Houve quem condenasse como perigosa a mistura de ficção e realidade promovida pela brincadeira. “Isso é tão absurdo quanto responsabilizar o futebol pelas brigas entre as torcidas. O RPG, como qualquer outro jogo, tem uma única função: divertir”, afirma Guilherme Moreno Frias, editor do site especializado SpellBrasil (www.rpg.com.br). Também não faltam estudiosos que acreditam em efeitos benéficos além do entretenimento puro e simples, como o psicólogo Alfeu Marcatto, de São Paulo, que pesquisa a aplicação do RPG na pré-escola.

“Como os jogadores são co-autores da história, o jogo estimula a criatividade, a participação em grupo, a troca de idéias e a amizade”, diz ele.

As regras do faz-de-conta

Uma partida de RPG usa poucas peças e muita imaginação para encenar uma história em forma de jogo

Personagens em ação

Cada um dos jogadores deve encarnar o personagem e agir de acordo com o perfil estabelecido para ele no início da partida. Em alguns jogos, eles são representados por miniaturas

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Manual do universo

Além das regras do jogo, os livros definem em detalhes o ambiente da ação e as características que cada personagem pode assumir. Cabe ao mestre dar início à história, que vai sendo criada no desenrolar da partida. O final (se houver), só será definido pela interação entre os jogadores

Combinação numérica

Diferentes tipos de dados são usados para calcular os movimentos e atributos, como força e agilidade, de cada personagem. Há dados com três, quatro, seis, oito, 12 ou 24 faces, cujas funções variam conforme o jogo

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