O tempo flui num raio de luz
Físico Carlos Henrique Brito Cruz, da Unicamp, está desenvolvendo um dos melhores relógio a laser do mundo.
O nome picossegundo designa uma unidade de tempo tão pequena- 1 trilhão de vezes menor eu um segundo- que, à primeira vista, não tem nenhum significado para a vida da pessoas. Dentro dos comutadores, porém, as horas é que são inimagináveis, e os picossegundos são cruciais. Por exemplo: quando os elétrons fluem nos chips e passam informações adiante, seu tempo de trânsito é dessa ordem de grandeza. Imagine-se, então, o tipo de relógio que seria capaz de deslindar os detalhes desses movimentos fugazes. A solução perseguida no mundo inteiro são pulsos de laser cuja duração é ainda menos que um picossegundo: uma seqüência de pulsos disparados nesse ritmo contra um elétron pode revelar minúcias, perfeitamente cronometradas, sobre sua trajetória. Alguns dos melhores relógios a laser estão sendo construídos na Universidade de Campinas, SP, sob a coordenação do físico CarlosHenrique Brito Cruz. Há dois anos, ele estabeleceu um recorde mundial, nos Estados Unidos, com um pulso de 6 milésimos de segundo, ou 6 femtossegundos, e os equipamentos brasileiros tem precisão semelhantes: 10 femtossegundos. Assim, foi possível estudar um material chamado telureto de cádmio e com ele construir um avançado comutador ótico- convenientemente inserido entre átomos de vidro, ele age como uma chave eletro a laser que pode ser útil nos telefones do futuro. Trata-se se uma conquista importante em tecnologia de vanguarda. “Daqui a trinta anos, as pessoa farão chamadas por meio dele” profetisa Cruz.