Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Os robôs de Wall Street

Softwares de inteligência artificial já controlam 40% das ações; e podem ter agravado a crise mundial

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 out 2016, 18h54 - Publicado em 15 jan 2011, 22h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Bruno Garattoni

    Publicidade

    Os investidores não são os únicos culpados pela crise financeira. Parte da responsabilidade cabe a outro grupo, que pouca gente conhece: os robôs de Wall Street. É isso mesmo. Os principais bancos e corretoras dos EUA entregaram seus investimentos a softwares de inteligência artificial, capazes de raciocinar e agir muito mais rápido que os investidores humanos – tudo para tentar levar vantagem no dia-a-dia do mercado. Segundo a consultoria especializada Aite Group, quase 40% de todas as negociações realizadas nas bolsas americanas já são controladas por esses softwares, que são capazes de tomar sozinhos as decisões de compra e venda e também já controlam parte das operações realizadas em mercados internacionais. Ao todo, as máquinas fazem quase 1 bilhão de transações por dia.

    Publicidade

    Cada empresa do mercado financeiro desenvolve seus próprios softwares, cuja lógica é mantida em segredo. Ninguém sabe exatamente como eles funcionam, mas suas principais táticas são o processamento neural e os algoritmos genéticos. Grosso modo, isso significa que os robôs têm liberdade para fazer experiências por conta própria até descobrir as melhores estratégias para ganhar no mercado – nem sempre obedecendo aos parâmetros definidos por seus criadores, os investidores humanos.

    É aí que entra o problema. Há quem diga que a tecnologia piorou as coisas – confrontados com uma situação inédita, durante o pico da crise financeira, os robôs teriam reagido de maneira agressiva demais. “Os softwares intensificaram as ondas de pânico no mercado”, diz o analista americano Matthew Samelson, autor de um estudo a respeito. Vários dos bancos que detonaram a crise usavam softwares de inteligência artificial: Citigroup, Lehman Brothers e Bear Sterns, entre outros, haviam delegado parte de suas operações aos robôs financeiros. Mas as finanças computadorizadas vieram para ficar. No ano que vem, mais de 50% das operações em Wall Street serão feitas pelos robôs, que agora estão aprendendo a ler antes de tomar decisões: as agências Reuters e Bloomberg já oferecem notícias financeiras escritas em linguagem de máquina, que os softwares conseguem ler e analisar em frações de segundo.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.