Rafael Kenski
Nenhum aparelho de realidade virtual inventado até agora conseguiu tornar realmente interessante esse incrível campo da tecnologia digital. Quem se sente à vontade tendo um enorme capacete sobre a cabeça? Ou passeando tranqüilamente no universo projetado dentro do capacete ao saber que a qualquer momento pode bater em uma parede real, concretíssima? Nem tudo está perdido, porém. Esses problemas poderão simplesmente desaparecer dentro da Cybersphere. Trata-se de uma bola translúcida, oca, em cujas paredes são projetadas imagens de um ambiente programado por computador. O usuário, no interior da esfera, está o tempo todo imerso em outro mundo (ele pode caminhar para qualquer lado indefinidamente, como mostra a ilustração). No futuro, poderá até contrabandear-se para dentro de um filme – como 2001, Uma Odisséia No Espaço. A máquina resultou de pesquisa conjunta da empresa britânica VR Systems e a Universidade de Warwick, Inglaterra. “Esperamos colocá-la no mercado dentro de dois anos”, afirma Julian Eyre, fundador da VR Systems e principal engenheiro do projeto.