Raios X ambulantes

Já que é impossível colocar uma ponte ou gasoduto dentro de um laboratório para saber se há problemas em sua estrutura, a solução é levar a montanha até Maomé. Assim, a Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE), aliada ao Instituto Politécnico de Leningrado, na Rússia, desenvolveu o tensômetro portátil, com apenas 2,5 quilômetros, enquanto os tensômetros normais pesam cerca de 500 quilos.

O equipamento identifica, por meio de raios X, as regiões de maior tensão em uma estrutura de metal. Essas regiões são formadas durante os processos de fabricação, nas partes soldadas, ou provocados por aumento de temperatura, seja na hora da moldagem da peça ou quando esta já faz parte de uma construção. O tensômetro permite calcular qual a pressão externa que essa estrutura poderá sofrer sem que ocorra uma fissura ou trinca. “É possível saber, por exemplo, qual o peso máximo dos caminhões que podem trafegar em uma determinada ponte”, explica o engenheiro de materiais Joel Teodósio, do Programa de Engenharia Metalúrgica da COPPE.

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