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Sedna: O vizinho distante

Astrônomos descobrem Sedna, o décimo planeta do sistema solar. Será mesmo?

Por Da Redação Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
1 set 2004, 01h00 • Atualizado em 31 out 2016, 18h39
  • Leandro Steiw

    O sistema solar tem um décimo planeta? Sim, segundo os astrônomos americanos Mike Brown (do Instituto de Tecnologia da Califórnia), Chad Trujillo (do Observatório Gemini) e David Rabinowitz (da Universidade de Yale). Além dos planetas que a maioria de nós aprendemos nos tempos dos bancos escolares (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Netuno e Plutão), foi anunciado em março de 2004 o décimo membro da família, batizado de Sedna – uma homenagem à deusa do oceano na mitologia dos esquimós do Ártico. As primeiras observações indicam que o novo vizinho tem 1 800 quilômetros de diâmetro, está a pelo menos 13 bilhões de quilômetros do Sol e congela a temperaturas médias de 240 graus centígrados negativos. Sedna está tão distante de nós que gasta o correspondente a 10 500 anos terrestres para dar uma volta completa ao redor do Sol. Mas nem sempre toda novidade é recebida com festa nos meios científicos.

    Alguns astrônomos dizem que Sedna é um asteróide, por estar no Cinturão de Kuiper – região além da órbita de Netuno repleta de bolas de gás congelado, precursoras de cometas que, volta e meia, visitam o interior do sistema solar. Outros afirmam que Sedna é um planetóide, corpo celeste híbrido entre planetas e cometas. Então, por que o “décimo planeta” é uma descoberta tão importante? Porque Plutão, o nono planeta, descoberto em 1930, também está dentro do Cinturão de Kuiper. E, para muitos cientistas, com seus 2 360 quilômetros de diâmetro, ele deveria ser rebaixado de categoria, passando de planeta para planetóide. Para comparar, a Terra tem 12 756 quilômetros de diâmetro.

    Como os telescópios e as sondas espaciais já coletaram dados relevantes sobre o interior do sistema solar, os cientistas também se dedicam a estudar as nossas fronteiras. Assim, Sedna não é uma informação descartável. “A descoberta desse objeto ajuda no estudo do Cinturão, porque é mais um pedaço de informação sobre essa região do sistema solar”, diz o astrofísico Ivo Busko, do Space Telescope Science Institute (STSci), nos Estados Unidos.

    Qualquer dado extraído das pesquisas sobre Sedna – mesmo que ele não seja um planeta – é um bem a mais acrescentado ao inventário do Universo. E, portanto, nos ajudará a compreender a origem e a evolução da Terra.

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    O impacto da descoberta

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    Sedna é o maior corpo celeste encontrado no Cinturão de Kuiper. Se, de fato, for o décimo planeta do sistema solar, é o menor na órbita do Sol. Caso contrário, é o maior objeto localizado nas fronteiras do sistema solar

    Põe longe nisso

    Distância dificultaa visualização doCinturão de Kuiper
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    Os astrônomos acreditam que o Cinturão de Kuiper abriga centenas de milhares de asteróides com 100 quilômetros de diâmetro e outros bilhões com 10 quilômetros. Por causa da distância – de 4,5 bilhões a 7,5 bilhões de quilômetros do Sol – e da pouca luz, esses objetos celestes são de difícil visualização. Pouco mais de 400 foram identificados desde 1992. Os maiores, entre os quais Sedna, têm quase o tamanho de Plutão. Mas os cientistas acreditam que a última fronteira esteja além dessa hospedaria de asteróides. O sistema solar terminaria nas Nuvens de Oort, um berçário de cometas a mais de 7,5 bilhões de quilômetros do Sol. Longe demais para o homem precisar o que acontece naquela borda. Quando isso for possível, os corpos presentes em Kuiper e Oort – objetos gelados que não conseguiram se aglutinar em forma de planetas – revelarão muito sobre a origem do sistema solar, há 4,7 bilhões de anos.

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