Barbara Axt
Se você se acha antenado só porque usa o celular para colar na prova e mandar torpedos para a namorada, saiba que não passa de um calouro perto do que europeus e asiáticos são capazes de fazer com seus aparelhinhos.
Na China acaba de ser lançado um romance para SMS (mensagens de texto enviadas por celulares). De Fora da Fortaleza Sitiada conta uma história de amor em 60 capítulos de 70 letras cada.
Entre os ingleses, a literatura de celular também é levada a sério, com concursos de poesia e uma revista especializada, a Onesixty (“Cento e Sessenta”, número máximo de caracteres por SMS).
Em Nova York, há até mesmo um guia interativo no celular: o Yellow Arrow. Funciona assim: pontos da cidade são marcados com setas amarelas, cada uma com um número. Ao enviar uma mensagem com o código da seta, o usuário recebe informações sobre o lugar.
No campo do direito, o divórcio por SMS era aceito em países islâmicos como Malásia, Paquistão e Indonésia. Bastava que o marido enviasse para sua futura ex-mulher mensagem com a palavra “talaq” (divórcio) três vezes e o trabalho estaria feito. Hoje, só a Índia permite a prática.
Isso sem contar os casos de adultério descobertos. Na Itália, em 90% deles são as mensagens nos celulares que denunciam as “puladas de cerca”.